Dentro de 30 dias, o 12.º Distrito Policial (Santa Felicidade), deve ficar sem nenhum preso na carceragem. Além disto, a Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju) deverá apresentar, até dia 11, o cronograma para a retirada de presos de todas as delegacias do Paraná. As informações são do presidente do Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol), André Gutierrez, que acompanhou a rebelião de presos ontem, naquele distrito.
Depois da agitação de quinta-feira, os presos voltaram a bagunçar a carceragem na manhã de ontem, reclamando da superlotação. Desta vez, os presos quebraram vários objetos e a arrancaram os caixilhos das grades. Eles só se acalmaram depois da intervenção de policiais civis e militares, com negociações e balas de borracha. As quadras ao redor do distrito foram isoladas pela polícia.
Serras
O delegado Vinícius Carvalho contou que o motim começou pouco antes das 9h. Os presos serraram grades e cadeados e passaram a quebrar tudo o que viam pela frente. Os encanamentos de água e os sanitários também foram quebrados. A Polícia Militar, a Guarda Municipal e policiais civis do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e, com balas de borracha atiradas contra as paredes, conseguiram acalmar a situação e negociar. A rebelião se encerrou por volta das 13h30.
O motim foi promovido pela superlotação. Na semana passada, quando havia 150 presos, o Sindicato havia “interditado” a carceragem, durante o tumulto que resultou no buraco em uma das celas. Para amenizar um pouco o problema, cinco presos foram transferidos ontem e mais alguns devem ser removidos ao sistema penitenciário nos próximos dias.