No Paraná

Ratinho Júnior promete início da vacinação contra o coronavírus para este mês no PR

Rodrigo Félix Leal / AEN-PR

O governador Carlos Massa Ratinho Junior afirmou nesta quinta-feira (7), em visita à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, que a vacinação no Paraná deve começar em janeiro em profissionais de saúde e comunidades indígenas isoladas.

A campanha respeitará os critérios do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19 e as doses que ingressarem no Programa Nacional de Imunização (PNI). “O Ministério da Saúde tem anunciado que a partir do dia 20 começa essa campanha de imunização em todo o território nacional”, ressaltou Ratinho Junior.

>>> Governo vai comprar até 100 milhões de doses da Coronavac; vacinação começa até 20 de janeiro

Ele destacou que haverá inclusive doses do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford e pelo Laboratório AstraZeneca, e que no Brasil está sob responsabilidade da Fiocruz. “Foi uma agenda muito importante para conhecer a área técnica e a preparação da produção da vacina”, disse

A Fiocruz informou que o protocolo de uso emergencial do imunizante será entregue à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta sexta-feira (8). Após a aprovação, o Paraná vai receber parte de 2 milhões de vacinas que serão importadas do Instituto Serum, um dos centros da AstraZeneca para a produção da vacina na Índia. As doses deverão ser as primeiras aplicadas no País, junto com a Coronavac/Butantan.

Pronto

O governador reforçou que o Paraná respeitará o calendário nacional e está se preparando desde o ano passado para receber, armazenar, distribuir e imunizar milhões de paranaenses em 2021. “O Paraná está pronto. Temos agulhas, seringas, praticamente dois mil pontos de vacinação e uma logística pronta para os imunizantes chegar nos municípios”, disse Ratinho Junior.

Ele destacou ainda o processo de regionalização dos serviços de saúde iniciado ainda em 2019 e disse que a Secretaria de Estado de Saúde já trabalha esta estratégia em conjunto com as prefeituras e as regionais há bastante tempo. “Estamos reafirmando esse modelo que é bem sucedido. Teremos toda a logística necessária para distribuir a vacina aos municípios, com todo o apoio necessário”.

Histórico

Ratinho Junior defendeu o histórico de campanhas de vacinação do Brasil e o Programa Nacional de Imunização (PNI). “O País tem esse ativo, independente de governo. Sempre acreditamos nessa estratégia de imunização”, declarou ele.

O governador disse que o Paraná está se colocando à disposição para inclusive ajudar outros estados. “E, agora, com essa visita, conhecendo in loco, esperamos começar a imunização no começo de 2021 para trazer mais tranquilidade para a população”, completou.

O secretário estadual de Saúde, Beto Preto, disse que a visita possibilitou conhecer de perto a linha de produção planejada pela Fiocruz e afirmou que o Estado tem uma parceira sólida com a instituição. “Vamos vacinar em todos os municípios do Estado. Estamos preparados para fazer uma grande campanha de vacinação no Paraná”.

FIOCRUZ – A Fiocruz vai protocolar o pedido de uso emergencial da vacina e, em paralelo, está encaminhando o processo do registro definitivo. O acordo com a farmacêutica inglesa prevê a disponibilização de 254 milhões de doses aos brasileiros nos próximos meses, sendo 210 milhões em 2021.

A distribuição será escalonada em 2 milhões de doses em janeiro, 4,5 milhões em fevereiro, 20 milhões em março, 26 milhões em abril, 59,9 milhões até julho e o restante no decorrer do segundo semestre. A previsão da entidade é de que toda a produção seja nacional até agosto.

“A pandemia nos trouxe um desafio a mais e a visita do governador aprofunda essa relação de sucesso que temos com o Paraná. Também pudemos conversar sobre parceira científica, pesquisas de doenças raras – o que chamamos de saúde pública de precisão -, além de desafios em ciência e tecnologia”, afirmou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade.

Segundo ela, o papel da entidade nesse momento é contribuir para o início da vacinação no Brasil. “É um trabalho amplo e para toda a população. Em breve entregaremos as primeiras doses da vacina brasileira, já produzida aqui. É uma tecnologia para o País, para o SUS, para o programa de imunização. Contribuímos com soluções a partir de ciência. É hora de amenizar o sofrimento da população”, acrescentou Nísia.

Confira as medidas que o Governo do Estado já adotou para a vacinação:

– 11 milhões de seringas já adquiridas;

– Registro de preço para aquisição de 16 milhões de seringas;

– 21 câmaras frias já adquiridas e 180 em processo de aquisição;

– Contratação de 31 câmaras frias para armazenamento em parceria com o governo federal;

– 1.850 salas de vacinação aptas, em estratégia com os municípios;

– Possibilidade de ampliação de locais de vacinação com a estratégia extramuros;

– R$ 200 milhões na LOA 2021 para aquisição de vacinas;

– Abertura de processo de aquisição de agulhas;

– R$ 22 milhões para aquisição de EPIs: máscaras, luvas, gorros, avental, algodão;

– Freezers (produção de gelo) e equipamentos de ar-condicionado já adquiridos;

– 4 contêineres refrigerados de 40 pés para armazenamento de 100 mil doses de vacinas cada no Cemepar;

– 17 ª Regional de Saúde já locou um contêiner de 20 pés para armazenamento de 50 mil doses de vacina;

– 4 caminhões refrigerados para distribuição vacinas e possibilidade de aquisição de novos veículos;

– Perspectiva de implantação de câmaras modulares para armazenamento de frios nas 22 Regionais de Saúde.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna