Sozinho, um assaltante de joias causou grande confusão ontem no Centro e, mesmo dando de cara com o módulo da Polícia Militar, perto da Praça Tiradentes, conseguiu fugir em meio ao trânsito parado das 17h30. Ele chegou a trocar tiros com a polícia diante das pessoas que passavam perto do Banco do Brasil, na Rua Ébano Pereira, a uma quadra do calçadão da Rua XV de Novembro, roubou dois carros e bateu em vários veículos na fuga.
Instantes antes do tiroteio e da correria, o bandido entrou em um prédio na Ébano Pereira e foi até uma joalheria no 14.º andar. Tentou praticar assalto, mas não conseguiu e fugiu. Na rua, cruzou com os PMs no módulo e houve confronto. Correu e encontrou um homem entrando no carro e com arma apontada levou o Peugeot 206 da vítima.
Ao tentar contornar a praça, bateu na lateral de um Cintroën C3, ocupado por duas mulheres. Arrastou o automóvel delas por alguns metros e continuou a fuga em velocidade, com os policiais no encalço. Na esquina da Galeria Tobias de Macedo ele se perdeu na direção e bateu em um Palio Weekend e ficou preso entre o Peugeot e outro Palio estacionado.
Correria
O bandido fugiu a pé e roubou um Uno nas proximidades da Praça Santos Andrade, mas ficou preso no trânsito. Dois PMs tentaram persegui-lo a pé e correram três quadras, mas o assaltante forçou caminho entre os carro e só abandonou o Uno na Rua Ubaldino do Amaral, no Alto da XV. Depois, não foi mais visto.
As vítimas dos carros envolvidos nos dois acidentes ficaram atordoadas. “Não entendi o que estava acontecendo. Minha amiga só desceu do carro e gritava para as pessoas anotarem a placa. Depois descobrimos que o carro era roubado”, disse a empresária Marília Silveira, que estava ao volante do primeiro carro atingido na fuga do marginal. “Só percebi que era bandido fugindo quando vi os policiais descendo a rua em disparada”, comentou a jornalista Zeli Sabidussi, no Palio Weekend.
O trânsito na Rua Alfredo Bufren ficou parcialmente interditado até perto das 20h. Policiais militares do 12.º Batalhão, que participaram da perseguição, não foram autorizados a dar entrevista pela oficial que comandou a ação. Eles chegaram a abordar um suspeito, que foi liberado em seguida.