Depois de dois meses internado em estado grave no Hospital Cajuru, o jovem Everton Luiz Vaz, 27 anos, morreu na manhã de sábado (18). O velório acontece na Capela das Areias, em Almirante Tamandaré, na região de Curitiba, e o sepultamento é 16h30 deste domingo (19) no Cemitério de Tranqueira.
O rapaz sofreu um acidente de trânsito em Rio Branco do Sul em 15 de janeiro e precisou lutar pela vida enquanto seus familiares brigavam por justiça. O outro veículo envolvido no acidente pertence ao vereador Cesar Gengis Khan Johnsson e, segundo os parentes da vítima, o motorista que o dirigia fugiu do local sem prestar socorro porque apresentava sinais visíveis de embriaguez.
Durante esses 62 dias, a Tribuna acompanhou o desespero dos familiares para conseguir a abertura do inquérito. “Foi muito difícil. Tivemos até que solicitar a intervenção do Ministério Público para que a delegacia nos atendesse”, informou o cunhado da vítima, Paulo Roberto Filho.
Com isso, o delegado Osmar Neves Feijó, da Delegacia de Rio Branco do Sul, afirmou ter tomado conhecimento da situação e entrado em contato com os parentes para que eles registrassem o boletim de ocorrência e comprovassem a gravidade da lesão e a omissão de socorro.
Segundo Edson Luiz Soares Vaz, pai da vítima, o inquérito foi aberto e os familiares, ouvidos. Porém, não há confirmação se o condutor apresentado na delegacia é a mesma pessoa vista pelas testemunhas no dia do acidente.
“O motorista que dirigia é o filho do vereador, que também é sobrinho do prefeito do município. Testemunhas viram que era esse rapaz quem estava dirigindo no dia e fugiu. Essas testemunhas também viram outro homem vir até a caminhonete e tirar três garrafas de cerveja do carro antes que a polícia chegasse”, disse o pai.
Inquérito parado
A equipe da Tribuna entrou em contato novamente com a delegacia, mas não conseguiu informações a respeito do andamento do inquérito devido às férias do delegado responsável, que retorna somente dia 11 de abril.
“Estou assumindo as férias do meu colega por esse período para atuar nos plantões e flagrantes. Não darei andamento aos inquéritos nesse tempo para não alterar a linha de investigação. Além disso, essa não é a função de quem assume férias”, explicou o delegado de Almirante Tamandaré, Nasser Salmen.