Já pensou em reunir no mesmo lugar o Rambo e o vocalista Bruce Dickinson, do Iron Maiden? O espaço precisaria ser preparado para muitas aventuras e, acredite: Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, tem um museu dedicado a aviação que representa o local ideal para o encontro destas duas lendas!

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WS Aircraft Museum possui uma exclusiva coleção com aeronaves que fizeram parte da história da aviação mundial, o mais incrível é que quase todos estes aviões clássicos estão em pleno funcionamento. Até o fim de 2023 o exclusivo acervo terá 22 aviões usados por militares e civis em viagens, treinamentos ou até mesmo em guerras.

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A boa notícia é que o público em geral vai ter acesso ao espaço nos próximos meses, pois o alvará de funcionamento é aguardado com ansiedade por uma dupla apaixonadas por aviões.

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A amizade entre Aristides Pedro Correa Athayde Junior, o Tide, e William Starostik Filho, o Billy, principal responsável pelo museu, tem na música e no aeromodelismo a inspiração para esse projeto inovador, que promete alimentar o conhecimento de crianças e muitos adultos que sonham em voar nestas máquinas do tempo.

O WS Aircraft Museum conta com uma estrutura desenvolvida a partir de 2015 com dois hangares, onde são realizadas montagens, reformas, reparos e manutenção destas aeronaves. A procura por novos aviões é realizada pela internet, mas em alguns casos estes clássicos chegam até a dupla por meio de parceiros que conhecem a experiência da WS.

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William Starostik, o Billy, é o principal responsável pelo WS Aircraft Museum. Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná.

“O projeto do Museu completou quatro anos, é muito burocrático. Fizemos adequações para os Bombeiros, o que demanda muito dinheiro e suor. A nossa ideia é abrir visitação para turmas guiadas com no máximo 15 pessoas. Vamos contar a história de cada aeronave e, num futuro próximo, poderemos até ter o voo do próprio avião com o visitante. Isso ainda depende da homologação, ou seja, é uma visita interativa”, explicou Tide.

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O primeiro avião do WS

Primeira aeronave do museu, o Piper J-3 Club proporciona um voo mais lento, baixo, o que permite até o piloto deixar a janela aberta. “É o queridinho dos pilotos”. Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná.

O primeiro avião comprado foi o modelo Piper J-3 Cub. É uma aeronave fabricada entre 1937 e 1947 pela norte-americana Piper Aircraft. O projeto inicial era de uma aeronave para treinamento civil, mas se tornou um dos mais populares aviões leves de todos os tempos, sendo uma “escola” para pilotos comerciais. Uma das curiosidades que é preciso girar a hélice com a mão para dar a partida. “É um voo prazeroso, mais lento, baixo e pode deixar a janela aberta. Todo piloto tem o amor pelo J3”, avisou Tide, que é filho de um piloto aposentado.

Aliás, a restauração do J-3 foi realizada por Luiz Gustavo, o Guga, que segue na empresa. Ao lado do Billy, eles deixaram o modelo na carcaça para remontar novamente. “Foi uma bola de neve e virou paixão com pesquisas e parcerias com conhecedores da aviação clássica. Cada avião tem sua história, particularidades e queremos manter isso vivo para outras gerações. O Museu vai proporcionar isso”, comentou Tide.

Helicóptero do Rambo e Esquadrilha da Fumaça

Relíquia esteve na guerra do Vietnã e pertencia aos americanos. Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná.

Um dos xodós dos responsáveis pelo WS Aircraft Museum é o helicóptero UH-1, que recebe o apelido carinhoso de sapão. Essa relíquia esteve na guerra do Vietnã e pertencia aos americanos. Para trazer para o Brasil, o modelo foi todo desmontado e enviado por navio. O curioso é que na pesquisa realizada por Billy e Tide foi encontrado um combatente que esteve no mesmo batalhão ao qual a aeronave pertencia, a 46ª Companhia de Forças Especiais (Aerotransportada) do Exército.

“Ele voou na Guerra do Vietnã, especificamente na Tailândia, que era o país aliado dos Estados Unidos. Está marcado o batalhão e, quando puxamos o histórico de missões, encontramos um senhor que mora em Orlando na Flórida e que esteve no helicóptero. A grande parte dele é original, uma relíquia. Fizemos um voo nele nos Estados Unidos e essa aeronave precisava vir para o Museu”, revelou Tide.

Esse helicóptero é o que mais aparece em filmes antigos com cenário de guerra. Em Rambo 2, Sylvester Stallone comanda a aeronave. Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná.

Esse helicóptero é o que mais aparece em filmes antigos com cenário de guerra. Em Rambo 2, o ator Sylvester Stallone comanda a aeronave em vários trechos, sem esquecer do épico Apocalipse Now, que tem várias cenas com o Sapão. Atualmente, o modelo UH-1 é utilizado pelas polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro.

Tem Esquadrilha da Fumaça no museu

Exemplar que saiu da Esquadrilha da Fumaça estava encostado em São Paulo e agora será restaurado. Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná.

Ainda no hangar, outro avião chama a atenção. Um dos clássicos da aviação brasileira, um T-6 FAB-1390, um exemplar que saiu da Esquadrilha da Fumaça. Ele foi repassado para a Fundação Santos Dumont em 1976, e desde então, não voou mais. Estava encostado no Aeroporto Campo de Marte, em São Paulo, e vai ser restaurado em Campo Largo. Esse avião passou nas mãos do coronel Antônio Arthur Braga, um dos expoentes da Esquadrilha no Brasil. O aviador passou 17 anos na Esquadrilha da Fumaça e é o piloto com mais horas de voo no T-6 a história.

“Coronel Braga é referência na aviação, ele fez mais de 800 apresentações. Fizemos uma parceria com a Associação Revoar que confia no nosso projeto, e vamos restaurar todo ele. É difícil fazer uma previsão de quando vai estar pronto, mas acho que em dois anos. Essa aeronave tem muita história”, valorizou Tide.

Foto: Gerson Klaina/Tribuna do Paraná.

Iron Maiden na pista

A música sempre esteve ao lado de Billy e Tide, e quando jovens montaram uma banda. No entanto, jamais imaginaram que um dia, o piloto e vocalista da banda Iron Maiden, Bruce Dickinson, estaria no comando de uma das aeronaves pertencente ao Museu.

Na última turnê da banda por Curitiba, em agosto de 2022, Bruce visitou o hangar depois de um contato realizado pela cervejaria Bodebrown. Tide apostava que ele ia pilotar um Beechcraft Model 18,  um avião norte-americano de construção metálica que comporta até cinco passageiros e dois tripulantes.

“Temos uma grande amizade com o Paulo e o Samuel da Bodebrown, e eles falaram que o Bruce ficou interessado em conhecer o museu. Definimos que ele poderia escolher qualquer aeronave, e escolheu o CESSNA L19 Aircraft, modelo 1951 e também usado no Vietnã. Ele comentou que o ex-sogro dele voou na guerra e foi bem emotivo”, explicou Tide.

Bora saltar de paraquedas?

Enquanto o WS Aircraft Museum não é aberto ao público, para que todos possam conhecer esse espaço histórico pertinho de Curitiba, os mais ousados podem sentir a emoção de estar no ar através de um salto de paraquedas. O valor é a partir de R$890,00, com direito a vídeo e foto feito pelo instrutor que tem longa experiência no salto.

Serviço WS Aircraft Museum

Caso queira conhecer mais do trabalho, acesse o site  www.wsaircraft.com ou, nas redes sociais, o Instagram do WS Aircraft Museum. O telefone para contato e mais informações é (41) 99194-1942.

E lá no alto, quem vai chegar antes na disputa das lendas Rambo x Bruce Dickinson. Aperte o cinto, e boa viagem!

O que??

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