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Rainha das panelas, empresária de Curitiba comanda o “pronto socorro” que salva qualquer modelo de panela

Denise Engels atua no ramo há 18 anos. Atrás do balcão, Denise é quem dá o diagnóstico e a solução para o conserto daquelas panelas queridinhas dos cozinheiros.
Denise Engels atua no ramo há 18 anos. Atrás do balcão, Denise é quem dá o diagnóstico e a solução para o conserto daquelas panelas queridinhas dos cozinheiros. Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

Na esquina da Rua Raposo Tavares com a Rua Amauri Lange Silvério, no bairro Pilarzinho, uma placa próxima a uma árvore de tronco retorcido indica a última esperança para quem quer estender a vida útil de suas panelas. O “Pronto-Socorro das Panelas” é administrado por Denize Engels, que atua no ramo há 18 anos. Atrás do balcão, Denize é quem dá o diagnóstico e a solução para o conserto daquelas panelas queridinhas dos cozinheiros.

Em poucos minutos, enquanto uma cliente se aproxima, ela atravessa a porta dos fundos — marcada com o aviso “Entrada Proibida” — e escolhe, com precisão, uma tampa de alumínio em meio a uma pilha de diferentes tamanhos. Já de volta à frente da loja, estica o braço até uma das prateleiras e, sem precisar medir ou testar, pega a peça certa para o encaixe.

Sorrindo, Denize recorda um episódio em que um cliente entrou e perguntou: “O senhorzinho que conserta as panelas está aí hoje?”. Bem-humorada, respondeu que sim. “Está bem na sua frente” foi a resposta que pensou, mas preferiu não repreender a fábula do cliente.

De aprendiz a mestre

Denize assumiu o negócio do ex-marido com o desejo de ser sua própria chefe e definir suas prioridades. Formada em Administração de Empresas com ênfase em Comércio Exterior, trabalhava como assistente comercial em uma multinacional. No entanto, o salário baixo e a oportunidade de um novo emprego para o então marido, em uma empreiteira, a motivaram a abraçar o novo ofício.

No início, ela aprendeu aos poucos a trocar válvulas e uma ou outra tarraxa. A vontade de “não ficar para trás” a impulsionou até dominar completamente o trabalho. Depois de tantos anos à frente da loja, ela realiza diagnósticos e reparos com facilidade.

Sua clientela inclui tanto empresas e indústrias quanto moradores da região. Embora nem sempre se lembre dos nomes, Denize reconhece muitos dos fregueses que a acompanham desde o começo.

Raros são os casos em que ela não consegue uma solução. “Algumas vezes a panela estufa na casa do cliente, quando colocam um parafuso ou um palitinho na válvula de onde sai a pressão e então eles pedem pra fazer a manutenção. Eu falo que não fazemos, por questão de segurança”. Até mesmo nesses casos, Denize não deixa escapar a oportunidade de um negócio. “Se o senhor quiser cortar, podemos fazer uma caçarola”, exemplifica.

Daqui pra frente

O nome “Pronto-Socorro” foi ideia da sogra de Denize, na época: “Tem pronto-socorro para pessoas, né? Hospital, essas coisas… então, esse é o pronto-socorro das panelas, né?”, conta. É essa proposta que sustenta a loja até hoje e orienta os planos futuros de Denize.

Nos planos, Denize considera a possibilidade de expandir o negócio para continuar atendendo a região do Pilarzinho e arredores. Além dos consertos, ela também oferece produtos para cozinha e churrasco. “São poucas as lojas que fazem manutenção de panelas em Curitiba, especialmente de panelas em geral. Estou sempre buscando expandir e oferecer algo a mais para o cliente.”

Pronto Socorro, a base da família

Foi por meio do “pronto-socorro” que Denize construiu a estabilidade da casa e criou suas duas filhas: Gabriele, de 15 anos, e Letícia, de 11. De vez em quando, a recompensa pelo trabalho também vem em forma de receita: “Quando faço molho de tomate nessa panela aqui, costumo colocar sal e açúcar. Fica uma delícia”, compartilha uma cliente no balcão. Sonhando com a expansão do negócio e a estabilidade da família, Denize vê Gabi, a filha mais velha, mergulhada nos estudos para realizar seu sonho de ser detetive.

Denise Engels atua no ramo há 18 anos. Atrás do balcão, Denise é quem dá o diagnóstico e a solução para o conserto daquelas panelas queridinhas dos cozinheiros.
Denize construiu a estabilidade da casa e criou suas duas filhas: Gabriele, de 15 anos, e Letícia, de 11. Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná.

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