Congelada desde 2017, a tarifa de ônibus em Curitiba vai subir de R$ 4,25 para R$ 4,50. A informação foi confirmada pelo prefeito Rafael Greca (PMN) em um vídeo gravado ao lado do governador do Paraná Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD), compartilhado nesta sexta-feira (22). O novo valor começará a ser cobrado a partir da próxima quinta-feira (28) e valerá também para nove municípios metropolitanos, em um esquema que indica a volta da bilhetagem única para a região.
“A cidade de Curitiba e as cidades que de Curitiba são vizinhas, imediatamente vizinhas, vão ter uma tarifa só, de R$ 4,50”, afirmou Greca, referindo-se a um conjunto que contempla Colombo, São José dos Pinhais, Pinhais, Almirante Tamandaré, Quatro Barras, Campo Largo, Araucária, Fazenda Rio Grande e Campina Grande do Sul.
Em entrevista à rádio CBN nesta manhã, o prefeito informou que passagens compradas até o dia 28 de fevereiro – quando passa a valer a nova tarifa – ainda terão o custo antigo, de R$ 4,25. O aumento engloba também as tarifas de domingo, que até 2017 eram diferenciadas. “Fique em casa ou pague a tarifa inteira”, declarou o prefeito à radio.
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Integração
No vídeo, Rafael Greca acrescentou que o novo valor tarifário estabelecido para parte da Grande Curitiba faz parte de um “plano de economia popular para a tarifa metropolitana social de transporte”, cujo investimento, por ora, será de R$ 50 milhões por parte da prefeitura e R$ 150 milhões por parte do governo do estado – valor contabilizado em obras e subsídio.
Parte desse plano é um estudo conjunto da prefeitura e do governo do Estado que pode viabilizar a volta de um sistema de bilhetagem única para a região. “A ideia é integrar cada vez mais a grande cidade como uma cidade só e depois evoluir ao longo do ano pra transformação da Urbs e da Comec [que gerencia o transporte metropolitano] numa agência metropolitana de transportes, que é uma coisa nova, com uma bilhetagem só que vai servir para a economia popular”, acrescentou Greca.
O governo do Estado adiantou a criação de uma agência de transporte integrado para planejar a mobilidade urbana da capital para os próximos 30 anos.
Subsídio
A notícia do reajuste chega uma semana depois de definido o novo valor da tarifa técnica para o transporte coletivo da cidade, que subiu de R$ 4,71 para R$ 4,79.
Essa é a segunda elevação do preço cobrado na catraca pela atual gestão de Rafael Greca (PMN). Em fevereiro de 2017, durante seu primeiro ano de volta à prefeitura, ele havia aprovado o aumento de R$ 3,70 para R$ 4,25, o que representou reajuste de 14,9%. Não houve aumento em 2018.
O anúncio ocorre após encontros entre o prefeito Rafael Greca (PMN) e o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) para discutir a continuidade do subsídio estadual ao transporte coletivo da capital.
Em dezembro de 2018, Greca já havia anunciado que haveria reajuste na tarifa. Na época, o prefeito condicionou um aumento “não tão pesado” para o bolso do curitibano ao apoio financeiro do governo do Paraná.
Anteriormente, a diferença entre a tarifa técnica (R$ 4,71) e a tarifa paga pelo usuário (R$ 4,25) foi bancada pelos R$ 71 milhões destinados pelo então governador Beto Richa (PSDB) ao transporte público de Curitiba. Em 2016, o anúncio do subsídio foi feito por Richa um dia após a vitória de Greca na eleição municipal. Mas a prefeitura nem sempre pôde contar com o estado, já que, em 2013, Richa havia cortado o apoio financeiro para o sistema de ônibus da capital após desentendimentos com o ex-prefeito Gustavo Fruet (PDT).
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