A empresa que fabrica aos produtos que mataram animais de estimação em várias regiões do Brasil, Bassar Pet Food, anunciou que vai fazer recall de todos os seus itens destinados à alimentação dos animais domésticos e pediu que os consumidores entreguem todos os produtos já comprados em um ponto de venda. A nota de esclarecimento foi publicada na quarta-feira (7).
Antes disso, o Ministério da Agricultura já tinha determinado, na sexta-feira (2), a interdição da fábrica e o recolhimento nacional de lotes de produtos para alimentação animal da empresa em razão, segundo a pasta, da suspeita fundamentada de ocorrência de produtos contaminados.
Segundo a Claudia Silvano, diretora do Departamento Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (ProconPR), o consumidor deve “ficar esperto” neste momento, pedir o recibo da devolução para poder receber o dinheiro de volta e não dar, de jeito nenhum, os produtos para os seus pets.
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Veja o que disse a coordenadora do Procon-PR
“Houve a constatação preliminar de que estes produtos tem uma matéria-prima que apresenta contaminação, por conta disso está sendo realizado este recall. Se você comprou produtos dessa marca, leve no ponto de venda. Não esqueça de pedir o recibo para que haja o ressarcimento no valor. Mais do que isso, fique de olho se, eventualmente, você tem esse produto e deu para o seu bichinho de estimação. Ele pode ter convulsão, vômitos, diarreia ficar prostrado”, alerta a Claudia Silvano, em vídeo divulgado nas redes sociais.
Na nota publicada na quarta-feira, a empresa informou que “exames preliminares realizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) apontaram indícios de que o propilenoglicol, insumo utilizado pelo setor industrial na fabricação de alimentos para humanos e animais, adquirido pela Bassar Pet Food de um de seus fornecedores, estaria contaminado com etilenoglicol”.
Inicialmente, a Polícia Civil de Minas Gerais disse que investigava as mortes de nove cachorros após ingerirem os petiscos da marca. Seis mortes ocorreram em Belo Horizonte, uma em Piumhi (MG) e duas em São Paulo. Mas os casos suspeitos já ultrapassaram os 40 óbitos de cães, segundo o jornal Estado de Minas.
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Diante disso, além da investigação da polícia, a empresa disse também que está finalizando os trabalhos de perícia no processo de produção, no maquinário e na matéria-prima. A companhia reforçou que o etilenoglicol não faz parte de nenhuma etapa da sua cadeia de produção.
A Bassar Pet Food divulgou um e-mail para que os consumidores possam tirar dúvidas: sac@bassarpetfood.com.br.
Veja a nota de esclarecimento na íntegra:
“A Bassar Pet Food informa que exames preliminares realizados pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) apontaram indícios de que o propilenoglicol, insumo utilizado pelo setor industrial na fabricação de alimentos para humanos e animais, adquirido pela Bassar Pet Food de um de seus fornecedores, estaria contaminado com etilenoglicol.
Por isso, a empresa está realizando um recall de todos os seus produtos junto a seus consumidores, solicitando que entreguem no local de venda os itens que já tenham adquirido anteriormente. A Bassar Pet Food já vinha recolhendo todas as suas linhas do varejo nacional e havia interrompido sua produção na semana passada.
O ofício 424/2022 do MAPA, divulgado ontem (6 de setembro), alerta todas as empresas do setor de alimentação animal que podem ter também adquirido esta matéria prima desse fornecedor, pertencente a um grande grupo econômico mineiro, para que retirem imediatamente eventuais produtos fabricados e distribuídos ao mercado.
A Bassar Pet Food é a maior interessada no esclarecimento dos fatos, apoia as investigações do MAPA e das autoridades policiais e está colaborando com as investigações para a elucidação do caso.
Em complemento às investigações oficiais, estão sendo finalizados trabalhos de perícia na Bassar Pet Food em todo o processo de produção e maquinários em sua própria fábrica e de todas as matérias-primas que compõem seus produtos finais, cujas análises preliminares convergem no mesmo sentido do que está sendo apontado pelas autoridades. A empresa reforça que o etilenoglicol não faz parte de nenhuma etapa da sua cadeia de produção.
De modo preventivo, a companhia está retendo em todo território nacional todos os produtos produzidos em sua planta fabril até que os laudos definitivos sejam concluídos.
A Bassar Pet Food se solidariza com todos os tutores de pets – a razão de nossa empresa existir. Os consumidores podem tirar dúvidas pelo e-mail sac@bassarpetfood.com.br”.
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