Na semana em que a morte de Rachel Genofre completa 11 anos, a Câmara Municipal de Curitiba recebeu, nesta terça-feira (5), um pedido da sociedade civil, representada pela Frente Feminista de Curitiba e Região Metropolitana, para que a rodoferroviária de Curitiba, onde o corpo da menina foi encontrado no dia 3 de novembro de 2008, seja batizada com o nome dela, Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre.
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A moção, entregue à vereadora Julieta Reis (DEM), Procuradora da Mulher da CMC e presidente da Comissão de Constituição e Justiça, foi aprovada na II Conferência Extraordinária Municipal de Políticas para Mulheres de Curitiba, realizada no dia 19 de outubro, e recebeu apoio de 70 entidades ligadas aos direitos das mulheres. Também há uma petição pública na internet, que já recebeu apoio de 8.282 pessoas.
“Vamos acatar a indicação. Isso [o crime] nos abala profundamente e eu tenho grande sensibilidade em relação a este caso, uma coisa tão terrível. Vamos discutir e o que for do interesse de todos será aprovado com certeza”, adiantou a vereadora.
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A mãe de Rachel, Maria Cristina Lobo Oliveira, também participou da sessão. “Nós do movimento feminista lutamos por justiça, não só neste caso, mas por vários outros. Mais do que justiça, precisamos de prevenção contra a violência, contra as atrocidades cometidas com as nossas crianças, por isso foi entregue o nosso pedido, para que nenhuma outra criança sofra, nem próximo, o que aconteceu com a minha filha”, explicou Maria Cristina. Ela aproveitou para agradecer a Polícia Científica por ter identificado o assassino e disse que ainda luta por justiça, até que seja concluído todo o processo.
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Moção
O documento entregue aos vereadores classifica o caso como “emblemático” e denuncia que Rachel “foi violada e morta pelo modelo de masculinidade que o machismo e o patriarcado construíram nesta sociedade”. Também responsabiliza o Estado e aponta possíveis erros no processo para a solução do crime, além de justificar a homenagem a Rachel para que o crimes como este não sejam esquecidos e nunca mais aconteçam.
“Como justiça para este caso não basta apenas seu responsável estar preso e aguardando julgamento. Queremos que a Prefeitura de Curitiba dê o nome de Rachel Lobo Genofre à rodoferroviária de Curitiba numa forma de reconhecer os erros havidos no processo para a solução do crime, como lembrete de que o Estado precisa estar atento e em memória desta inocente que teve sua vida ceifada”, completa o texto.
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