Chega ao 13° dia o incêndio que vai consumindo o Parque Nacional da Ilha Grande, localizado no Rio Paraná, região Oeste do estado. As queimadas em toda a região, no Mato Grosso do Sul, no Paraguai, Argentina, Bolívia e até as queimadas na Floresta Amazônica têm interferido no ar que se respira em todo Brasil, inclusive no Paraná.
De acordo com o meteorologista do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), Reinaldo Kneib é possível que até as queimadas na região do Amazonas influenciem no dia a dia dos paranaenses. “Pode ser que isso aconteça, com um corredor específico vindo daquela região. Mas pela época do ano, típica para estas ocorrências, são várias queimadas ao nosso redor”, explicou. A Bolívia, por exemplo, vive um drama muito grande por conta das queimadas.
A previsão do tempo para esta quarta não é nada otimista. Segundo o Simepar, “diminui a concentração de nuvens sobre a maioria das regiões. Durante a tarde as temperaturas máximas aproximam-se dos 30°C no Noroeste, próximo à divisão com o Mato Grosso do Sul. Mais um dia de concentrações de baixa umidade do ar no interior do estado”.
Reinaldo Kneib explica que a fumaça e a fuligem das queimadas é transportada ao natural pelo vento. “O vento sopra em geral de Oeste para Leste, dos Andes para o Atlântico. Ele vai inevitavelmente trazer este material das regiões andinas para cá”.
Santiago Gassó, especialista em estudos observacionais de nuvens e suas interações da Nasa postou no Twitter uma imagem que mostra o deslocamento da coluna de fumaça e dos corredores de vento.
Una de las razones de la bruma primaveral en la zona del Rio de la Plata y Centro es el "Rio de Humo"desde la Amazonas: el Low Level Jet sudamericano favorece el transporte de material particulado de las quemas en el norte hacia el sur @NASA_es @meteonacho @SMN_TucumanObs pic.twitter.com/8cBNb5Gfw4
— Santiago Gassó (@SanGasso) August 7, 2019
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Incêndio na Ilha Grande
De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra o parque, dos 76 mil hectares que compreendem a reserva, 47 mil foram atingidos pelas chamas, o que representa 62% da área total.
Equipes da Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e do próprio ICMBio combatem o fogo diuturnamente. A falta de chuvas na região, aliada ao vento forte e clima seco dificultam o trabalho de combate. Novos focos aparecem constantemente. No fim de semana foram registradas rajadas de vento de quase 100 km/h.
Não chove há cerca de 30 dias por ali. Uma equipe de brigadistas do Parque Nacional do Iguaçu está ajudando nos trabalhos, além de voluntários das redondezas.