Lucas da Silva Gomes, 21 anos, João Henricke de Souza, 20, Wesley Vitor de Oliveira Mendes, 21, e Gabriel Domingos da Silva, 19, foram presos na terça-feira (12), suspeitos de matar o motorista Claudinei Cardoso dos Santos, 37 anos. Eles disseram que queriam apenas dar um susto em Claudinei, por ele ter batido na própria esposa. Mas acabaram agredindo o motorista até a morte. Claudinei foi encontrado queimado. Porém o quarteto diz que apenas abandonou o corpo, sem atear fogo, e não sabe quem fez isto. Um quinto suspeito do crime é procurado.
O corpo foi localizado na Rua Francisco Baggio, próximo à Embrapa, em Colombo. Segundo o delegado Reinaldo Zequinão Neto, dois suspeitos apontaram aos policiais militares onde o corpo estava. Os outros dois foram encontrados depois por uma equipe da Delegacia do Alto Maracanã.
Agressões
O casal convivia há pouco mais de dois anos e as agressões sofridas pela mulher eram constantes. A última delas foi presenciada pela filha dela, que foi pedir ajuda ao namorado, que é um dos presos. Ele se juntou a outros três amigos para tomar satisfações de Claudinei pela agressão.
Um pouco antes disso, a mulher foi à delegacia prestar queixa da agressão. Quando chegou em casa, o casal brigou e Claudinei disse que ia dormir no carro. Quando ele saiu, a mulher disse que viu uma movimentação de pessoas em cima de Claudinei, na frente de casa. Mas como ele é usuário de drogas, pensou que fosse algo relacionado a isto, um acerto de contas, e se trancou em casa. Por isto, diz o delegado, ela não tem envolvimento com o linchamento.
Confissão
“A nossa intenção não era nem bater nele, mas sim conversar e dar um susto pra ver se ele parava com as agressões. Como ele reagiu, veio pra cima da gente com um facão, nós nos defendemos e aconteceu isso”, confessou Gabriel, que afirmou não estar arrependido. Ainda segundo o rapaz, nenhum deles ateou fogo em Claudinei. “Nós o deixamos vivo. Deixamos longe de casa para que a mulher tivesse tempo de procurar a polícia e se proteger, mas ele estava vivo. Quando voltamos, com a PM, o corpo estava queimado. Não fomos nós. O que ele fez com uma mulher não pode ser feito. Eu não me arrependo e faria de novo se fosse pelo mesmo motivo”, afirmou.
O quinto suspeito, identificado como Marcelo Henrique Santos, está foragido. Suspeita-se que esteja no litoral.