O perímetro do entorno da Polícia Federal (PF) está todo fechado e assim deve permanecer enquanto manifestantes continuarem na região. A informação foi confirmada, no final da manhã deste domingo (8), pelo tenente-coronel Polak, da Polícia Militar (PM), que explicou que o isolamento foi expedido pela Justiça a pedido da própria PF e da prefeitura de Curitiba.
Nesta segunda-feira (9), os serviços continuam funcionando normalmente e somente quem precisar do atendimento da PF e moradores vão ter acesso às ruas bloqueadas. Ao todo, são quatro ruas que fazem parte do bloqueio do interdito proibitório. Nessa região, que contorna todo o prédio da PF, permanece a restrição.
A determinação judicial começou a ser cumprida ainda na noite de sábado (7), pouco tempo depois de o ex-presidente chegar à Polícia Federal. Segundo o tenente-coronel, a interdição da região foi solicitada pela Polícia Federal para que o trabalho não pare e que os moradores continuem tendo suas rotinas normais. “Se houver necessidade, vamos estabelecer um ponto específico de acesso para receber as pessoas que vão à PF, para que possam chegar tranquilamente”, explicou Polak.
Pelo menos por enquanto, não há previsão também de que o ponto de bloqueio seja aumentado. “O perímetro é o que consta, agora, no interdito proibitório. Só pode ser aumentado se for solicitado novamente a Justiça. Também não adianta aumentarmos o isolamento para afastar os manifestantes, que eles podem acabar ocupando outras ruas próximas, então, temos que continuar administrando a situação”.
Esse bloqueio nas ruas próximas a PF começou já desde a tarde de sábado, porém, no começo foi feito de forma diferente porque ainda não havia sido expedido o interdito proibitório. “No começo, nossa intenção era afastar os manifestantes para evitar que os apoiadores de Lula se aproximassem dos apoiadores de sua prisão. Depois, começamos a fazer cumprir o que manda a Justiça”, destacou.
Enquanto os manifestantes estiverem na região, a Polícia Militar tem a obrigação de manter esse isolamento. “Nossa permanência vai depender dos manifestantes, até porque temos notícia de gente vindo de outros estados para prestar apoio”, disse o tenente-coronel, reforçando ainda que acredita que não exista a possibilidade de que as pessoas invadam a área isolada. “Conversamos com as lideranças e, tanto os movimentos favoráveis ao ex-presidente, como os favoráveis a sua prisão, vão respeitar”.
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Ruas bloqueadas
As ruas Professora Sandália Monzon, Rua Engenheiro Gabriel Paulo Passo Brandão, Rua Mariano Gardolinski e Maria Noêmia dos Santos são as que continuam sob vigilância de equipes da PM. Em todas elas, veículos não podem passar se não forem de moradores ou de funcionários da Polícia Federal. Quem chega aos pontos de bloqueio recebe a orientação das restrições pelos policiais militares.
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