Uma residência num condomínio do Pilarzinho escondia um arsenal avaliado em quase R$ 200 mil, apreendido por policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) no domingo. No sobrado, mora Carlos André Mota, o “Dedé”, integrante da “Quadrilha do Japa”, responsável pelo assalto ao HSBC de Pinhais no ano passado, de onde foram levados quase R$ 500 mil. Carlos conseguiu fugir, mas uma jovem que estava no local foi presa.
O bando, formado por oito integrantes e que agia em outros estados, já foi desmantelado em 2006. Quatro integrantes foram presos com armamento pesado e droga. Hoje, o bando foi reduzido à metade. Quatro integrantes estão mortos: um em confronto e outros três por queima de arquivo.
Esconderijos
Na residência, foram apreendidos dois fuzis; duas pistolas, calibres 9 milímetros e 40, três armas de calibre 12 e mil munições. De acordo com o delegado Alexandre Macorin, o Grupo de Diligências Especiais do Cope foi até a casa, na Rua Odilon Santana Gomes, após receber denúncia anônima sobre um homem armado no endereço.
A garota abriu a porta e a equipe deparou-se com as pistolas em cima do sofá. Um dos fuzis foi encontrado debaixo da escada e mais duas armas calibre 12, juntamente com uma caixa cheia de munições diversas. O outro fuzil e a outra espingarda estavam escondidos no forro do sótão do sobrado. Os investigadores ainda aguardam a confirmação da identidade da jovem, pelo Instituto de Identificação. Ela informou que só fala em juízo e na presença de seu advogado.
Fuga
Enquanto a casa era vistoriada, Carlos escapou por uma janela do andar de cima que teve o vidro estourado. Segundo o delegado, ele foi preso por participar da quadrilha do “Japa”, que assalta bancos e sequestrou a família de um gerente de uma agência do HSBC de Pinhais. Condenado por roubo, foi preso no ano passado, porém está foragido desde agosto. “O que não conseguimos entender é como ele já estava em regime semiaberto na Colônia Penal Agrícola”, disse Alexandre.
Os quatro integrantes da quadrilha que estão mortos são Anderson Rogério Santos, o “Anderson Negão”, morto em janeiro com tiros de fuzil ; Diego Aparecido Gomes, o “Café”, morto com 17 tiros em março; e Reginaldo Honório de Oliveira, o “Nenê”, assassinado em dezembro de 2009, com 11 tiros, na Vila Fanny.
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