Três integrantes de uma quadrilha foram presos e um forte armamento foi apreendido em Colombo durante uma operação da Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, durante toda a segunda-feira (27).
Um investigador da Delegacia do Alto Maracanã foi baleado em um confronto com os suspeitos. Os policiais investigavam uma denúncia de veículos roubados em uma residência na Rua Rosa Schneider, Vila Santa Terezinha, e assim que chegaram no endereço foram recebidos a tiros.
O investigador Antônio Novalski foi baleado no peito e encaminhado ao Hospital Cajuru, mas passa bem. Os suspeitos fugiram. As buscas pela quadrilha continuaram até a madrugada de hoje (29). Sidneis Ferreira dos Santos, 41 anos, Márcia Aparecida Martins, 29, e Débora Hipólito da Fonseca, 28, foram presos.
Em vários locais vistoriados por policiais de Colombo e de várias especializadas de Curitiba que participaram da operação, um arsenal de guerra foi apreendido. Foram recuperados um Astra, um Voyage, um Clio, um C4 Pallas e um Jetta. Todos os veículos haviam sido roubados dias antes em Curitiba.
Foram apreendidos oito bananas de dinamite, cinco radiocomunicadores, seis balaclavas, um fuzil com doze carregadores e quase 500 munições, uma submetralhadora calibre nove milímetros com mais dois carregadores e 55 munições, um carregador de pistola calibre ponto 40 e 140 balas, mais 16 munições de calibre 762, cinco coletes balísticos, rolos de cordel detonante, um aparelho de mira óptica, pólvora, massa explosiva e 22 estopins.
Permanecem foragidos Rogério Mattos da Luz, conhecido por “Batman” e apontado como o líder do bando; Marcos Januário Fagundes; Leandro Fernandes, o “Pepo”; e Laércio Aparecido Martins.
Também seria integrante da quadrilha Alexandre Lopes Cardoso, 41 anos, preso pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) a dez dias, acusado de matar o agente penitenciário Jefferson Tadeu dos Santos Andrade, 50 anos, no bairro Ahú, em Curitiba, no início do mês.
Segundo o delegado geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius Michelotto, quase todos os que permanecem foragidos já estiveram presos. “Eles foram soltos em pouco tempo. Precisamos de maior rigor do poder judiciário para que essas operações sejam um trabalho de todos, e não só dos policiais, que estão nas ruas efetuando as prisões”, lamenta.
A polícia acredita que o bando preparava ataques a caixas eletrônicos e a praças de pedágio. Usando as máscaras balaclavas para não serem identificados e luvas cirúrgicas, para não deixar digitais, eles já podem ter cometido vários outros crimes.
“Ainda estamos buscando os foragidos e apurando as ações da quadrilha. O nosso serviço apenas começou”, lembra o delegado titular da Delegacia do Alto Maracanã, Guilherme Fagundes. Quem tiver informações sobre os foragidos pode contatar a polícia através do telefone (41) 3605-0263.