Uma briga de gangues pode ter sido o motivo da morte de um jovem, de aproximadamente 25 anos, identificado apenas como “Lagarto”, por volta das 3h de ontem. O crime aconteceu em frente um bar, na esquina da Rua Inácio Lustosa, com a Rua Trajano reis, no Bairro São Francisco. “Lagarto”, foi ferido com uma facada no pescoço e morreu na hora. Os autores do crime fugiram a pé, e esconderam a arma do crime em uma roseira, mas foi encontrada hora mais tarde por investigadores da Delegacia de Homicídios (DH).
Segundo o delegado Rubens Recalcatti, a confusão aconteceu na rua, quando “Lagarto”, que era Punk, estava fugindo de aproximadamente seis Skinheads. Ele tentou entrar no estabelecimento mas foi alcançado pelos “carecas”, e um deles sacou uma faca e acertou o pescoço do rapaz, que agonizou por alguns minutos mas morreu em seguida, antes mesmo da chegada dos socorristas do Siate no local. “Fomos no local, ouvimos algumas pessoas e descobrimos que este foi mais um crime de intolerância, uma briga de gangues. Recebemos a informação que o autor da facada havia escondido a arma do crime em uma floreira, perto do local do crime”, contou o delegado. Quando o dia clareou os investigadores da DH, que já haviam feito buscas durante a madrugada voltaram no local e encontraram a arma. “Ela estava suja de sangue e é a principal prova que temos para confrontar com as pessoas que serão presas. Já solicitamos as imagens de sistemas de segurança dos estabelecimentos e residências da região, e logo teremos novidades”, completou o delegado.
Em junho do ano passado, uma briga entre punks e skinheads resultou na morte do segurança José Carlos Domingues dos Santos, 33. Ele foi assassinado com pelo menos quatro facadas, na Praça Eufrásio Correa depois dos grupos terem se enfrentado.
“Estes grupos freqüentam o centro da cidade, e na verdade são marginais escondidos atrás de uma ideologia. As brigas são constantes e as vezes acabam em morte. Vamos ouvir testemunhas e intimar os suspeitos para serem ouvidos”, explicou o delegado.
Ate o final da tarde de ontem “Lagarto” ainda não tinha sido identificado oficialmente no Instituto Médico-Legal.
