Protesto fecha a BR-277 na região de Campo Largo

Moradores de Campo Largo, que residem às margens da BR-277, fecharam ontem pela manhã a rodovia. O protesto foi contra a modificação de um acesso que liga os bairros Jardim Social e Gabiroba.

Para “encurtar” o trajeto, muitos motoristas acabam trafegando pela contramão da via. O último grave acidente ocorreu no dia 6 de agosto, quando dois jovens perderam a vida e um outro ficou gravemente ferido.

Os moradores queimaram pneus em dois trechos da via, o que provocou um congestionamento de mais de seis quilômetros no sentido entre Curitiba e Ponta Grossa.

A modificação do acesso foi feita há cerca de um ano, e fica no quilômetro 120, bem em frente à fábrica da Porcelanas Germer. Para retornar para Campo Largo, os motoristas precisam trafegar cerca de cinco quilômetros. Porém, muitos optam por trafegar alguns metros na contramão.

O motorista Daniel Bianco, que perdeu o filho Cristiano Bianco de 20 anos no acidente no início do mês, conta que o veículo que ele estava foi atingido por uma caminhonete na hora que cruzavam a rodovia.

O filho da balconista Dilce Moreira da Silva, Cleiton Moreira dos Santos, de 15 anos, também estava no veículo e além de faturar o fêmur, teve comprometido no baço e rins. “Hoje meu filho luta pela vida e eu quero justiça, pois ele nunca mais será o mesmo”, falou.

Mas não é só a volta da construção do acesso que os moradores pedem. Eles querem também a instalação de outros mecanismos que garantam a segurança dos pedestres.

Os moradores defendem a construção de uma passarela, instalação de radares ou redutores de velocidade no trecho. Depois de quase três horas de manifestação, os protestantes só liberaram a rodovia quando o prefeito de Campo Largo, Edson Basso, foi até o local e prometeu se reunir na segunda-feira com os moradores e representantes da RodoNorte, concessionária responsável pelo trecho.

Nota

Em nota oficial, a RodoNorte não confirmou a reunião de segunda-feira. No entanto, disse que o local é um ponto que requer atenção redobrada por parte dos motoristas, e que vem sendo utilizado de maneira irregular.

“Ao invés de trafegar na contramão, o motorista precisa apenas percorrer mais 800 metros para utilizar o acesso regular para a cidade”, diz a nota. A empresa afirmou ainda que instalou placas de sinalização para orientar os usuários da rodovia.

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