Uma Mercedes cheia de adesivos protestando contra a seguradora Mapfre está chamando a atenção de quem passa pela esquina da Avenida Comendador Franco com a Rua Brasilio Itiberê, no bairro Jardim Botânico, em Curitiba. Estacionado em frente ao posto de atendimento da Mapfre desde a noite desta quinta-feira (10), o carro – que está todo batido – foi coberto por decalques com os seguintes dizeres: “Mapfre não paga!” e “Não faça seguro com a Mapfre!”.
De acordo com um conhecido do proprietário do veículo, que conversou por telefone com a Tribuna do Paraná, o homem estaria aguardando o recebimento do seguro referente a uma colisão na qual teria se envolvido com um segurado da empresa há algum tempo. Conforme disse o informante, o homem teria acionado o serviço para efetuar os reparos no veículo há mais de 30 dias (prazo limite para o ressarcimento), porém até agora não teria sido atendido. Alguns vizinhos do local que presenciaram o momento em que o homem estacionou o carro na rua afirmaram que ele estava bastante nervoso e que simplesmente abandonou o veículo ali. “Corre risco de roubarem as peças se ficar aí”, afirmou uma moradora da rua que preferiu não se identificar.
Em resposta, a Mapfre levantou todas as informações a respeito da solicitação do serviço e informou que tudo segue dentro do prazo. Por meio de nota enviada à reportagem, a seguradora disse que: “a Mapfre esclarece que recebeu o aviso de sinistro pelo terceiro no acidente em 18/04, sendo a vistoria do veículo realizada em 20 de abril. O processo segue em análise pela seguradora e corre dentro dos prazos legais estipulados pelo órgão fiscalizador do setor de seguros, que é de 30 dias após o aviso de sinistro pelos envolvidos. A Mapfre informa, ainda, que contatou o terceiro para informá-lo dos prazos de possível conclusão do processo, em 27 de abril, razão pela qual ele deve aguardar novo contato da seguradora sobre o parecer final. A Mapfre segue à disposição para esclarecimentos”.
A reportagem da Tribuna tentou mas, até o fechamento da matéria, não conseguiu falar com o dono do carro para entender exatamente qual é o motivo do protesto e o que pretende fazer com o carro.