Cadeia

Proprietário de restaurante no Batel é preso com vinhos roubados

O proprietário de um restaurante na Avenida Batel foi preso na tarde dessa segunda-feira (14), quando recebia 60 caixas de vinho uruguaio. Elas faziam parte de uma carga roubada em janeiro deste ano. O custo de cada garrafa, segundo a polícia, era de R$ 30 a R$ 60, mas o empresário comprou por um valor entre R$ 6 e R$ 9.

Os vinhos foram tomados em assalto por homens armados no bairro Umbará, no dia 14 de janeiro. O motorista foi rendido e abandonado em Campina Grande do Sul. A carga era composta por mais de mil caixas de vinho, avaliadas em R$ 195, que pertenciam a uma grande rede de supermercados.

“Nós recebemos a informação de que essa carga estaria escondida em um barracão no Xaxim. Conseguimos localizá-lo e verificamos que não havia ninguém dentro dele”, explicou o delegado Cassiano Aufiero, do 8º Distrito Policial.

Os policiais monitoraram o barracão, que fica na Rua Embaixador José Carlos de Macedo Soares, e viram quando uma Kombi deixou o local carregada com uma grande quantidade de vinhos. O motorista do veículo foi seguido até o restaurante no Batel, onde os vinhos seriam entregues.

O motorista da Kombi, de 45 anos, e o dono do estabelecimento, de 38, foram presos em flagrante e autuados por receptação qualificada.

Embora o empresário tenha negado à polícia que soubesse que os vinhos eram roubados, o delegado não acredita na versão dele, devido à diferença entre os valores praticados no mercado. “Ele que lida com esse tipo de mercadoria e sabe o real valor, não tem como alegar que não sabia”, comentou.

Cassiano explicou que a investigação continua para identificar outros destinatários da carga roubada. “Bem como também os assaltantes, que ainda não foram identificados”, afirmou o delegado.

Mal-entendido

Uma nota assinada pela defesa do empresário classificou a prisão como uma “arbitrariedade cometida pela autoridade policial”. Segundo a nota, o suposto mal-entendido ocorreu porque um cliente do estabelecimento ­ o outro preso em flagrante ­ esteve no local, mas apenas ofertou garrafas de vinho ao proprietário, que não “ negociou a compra da mercadoria, e ainda, sequer sabia da origem ilícita da mesma”.

A defesa também contesta o motivo da prisão, porque “não houve o flagrante de compra e venda da referida mercadoria”, explicaram os advogados, que já estão tomando as medidas judiciais cabíveis.

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