A proposta de criação de um binário nas ruas Pedro Zagonel e Bernardo Jacintho da Veiga, no Novo Mundo, divide opiniões. As duas vias apresentam características diferentes, mas moradores, comerciantes e até mesmo o Instituto de Pesquisa Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) não entram em um consenso.

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Felipe Rosa
Movimentação na Pedro Zagonel contrasta com a tranquilidade da Bernardo Jacintho da Veiga.

A solicitação foi apresentada no começo do mês na Câmara Municipal de Curitiba pelo vereador Jorge Bernardi (PDT). A proposta sugere a implantação no trecho entre as ruas Isaac Guelmann e Doutor Luiz Losso Filho, porém a prefeitura informou à Tribuna que não há estudos para implantação de binário com a Rua Jacintho da Veiga. Mas adiantou que está prevista no Plano de Gestão da Malha Viária a revitalização da Rua Pedro Zagonel para aumentar sua capacidade e organizar o trânsito no local.

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Maria: seria uma maravilha.

Tanto na movimentada e bem servida de comércio Pedro Zagonel, como na tranquila Bernardo Jacintho da Veiga, são vários os moradores antigos. Para eles, que acompanharam a mudança na paisagem nas últimas décadas, a iniciativa tem seus prós e contras. “Seria uma maravilha, porque está um transtorno para atravessar, principalmente no horário de pico. Tem muito, muito movimento”, avalia a aposentada Maria Obialski, 74, há 54 anos no bairro. “Volta e meia tem batida aqui, no final da tarde e na hora do almoço fica tudo fechado”, completa Nicolau Edelnik Sobrinho, 79, que mora na Pedro Zagonel há 60 anos.

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Emilia: horror para atravessar.

Até mesmo o possível fim da tranquilidade na rua Bernardo Jacintho da Veiga (que já é rota para quem procura por vias alternativas) não impede que os moradores concordem com a instalação do binário. “Pro progresso da região seria muito interessante, o asfalto também ficaria melhor, com sinalização, e acho que facilitaria para atravessar nos cruzamentos. Acho que traria mais benefícios do que malefícios”, diz o administrador de empresas Wellington João Vieira, 35. A dona de casa Emilia Staniski, 71, concorda: “Compensa. Essas ruas estão um horror pra atravessar, não faz mal se acabar com o sossego”, garante.

Felipe Rosa
João: dificuldades para clientes.
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Comércio

Sem ser unanimidade, o projeto recebeu algumas observações dos comerciantes. Para o sapateiro João Soares Sobrinho, 65, a mudança no sentido das ruas dificultaria a vida dos clientes, que teriam que dar muitas voltas para chegar nos estabelecimentos que desejam ir. Já a comerciante Maria de Lurdes Biernaski, 51, destaca que não será possível excluir as vagas de estacionamento.

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