Prevista para ter sido entregue em outubro deste ano, a revitalização do Viaduto do Orleans, em Curitiba, ainda nem saiu do papel. Dois anos após a reforma ser anunciada pelo prefeito Rafael Greca (DEM) em sua conta pessoal no Facebook, o projeto executivo deve levar ainda mais um ano para ser feito. Aí sim a licitação para a obra começa. Ou seja, a solução para o tráfego intenso no local deve demorar.
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O projeto, que prevê a construção de duas novas transposições, transformando o viaduto em uma rotatória gigante na BR-277, pretende melhorar o trânsito entre os bairros São Braz e Campo Comprido, o fluxo de veículos que circulam por baixo, nos sentidos interior do Paraná e Curitiba.
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“O trânsito é um problema, ainda mais nestas épocas do ano em que o pessoal está correndo para férias e para fazer compras. A Avenida Vereador Toaldo Túlio e a via marginal ficam completamente travadas”, reclama o taxista Renato de Prado, que há 20 anos trabalha em um ponto nas proximidades do viaduto.
“Há anos isso é prometido, mas até agora nada sai do papel. Parece que eles aprovam sem saber se vai ter dinheiro para realmente fazer a obra. É o mesmo caso da trincheira da Mário Tourinho. Os projetos são lindos, esperamos que uma hora isso saia do papel”, reclama o comerciante Noe Fernandes, que tem uma loja perto do entroncamento.
O congestionamento chega a ser tão intenso nos horários de pico que até Avenida Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, localizada há várias quadras do viaduto, é afetada. “Depois das 16h é difícil, complica tudo nos dois sentidos, trava até a avenida”, diz Carmem Bontorin, que mora no Campo Comprido há 20 anos e diariamente passa pelo local.
O projeto depende de recursos que serão liberados pelo governo estadual. Apenas depois do projeto é que a licitação, com valor é R$ 30 milhões, passa a ser discutida e formulada.
Trâmites
O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) já fez estudos geométricos e também um Termo de Referência para a contratação do projeto executivo de engenharia viária da estrutura. Além do viaduto, entram na revitalização o cruzamento da Rua professor João Falarz e Avenida Vereador Toaldo Túlio com a BR-277.
A prefeitura informa que toda a documentação já foi encaminhada à Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seil) e ao Departamento de Estradas e Rodagens (DER), do governo federal. A Seil é o departamento do governo do Paraná que vai liberar metade do valor da obra – a outra metade será bancada pelo município. Já o DER é responsável pelo trecho rodoviário da BR-277 concedido à concessionária Rodonorte.
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Em nota, o DER informa que a confirmação do convênio do projeto está passando por procedimentos internos. O valor previsto para o projeto executivo é de aproximadamente R$ 1 milhão.
Assim que forem aprovados pela Seil e DER e chancelados pelo governo do estado, os recursos deverão ser liberados para que o Ippuc elabore e publique o edital de licitação, trâmite que deve levar aproximadamente um ano. Tendo o projeto liberado, será finalmente possível realizar a licitação das obras.
Problema antigo
O problema do viaduto do Orleans é antigo e vem sendo tratado pela Tribuna do Paraná pelo menos desde 2017, quando os Caçadores de Notícias mostraram o caos enfrentado pela população que vive no entorno da estrutura.
O verdadeiro nó que se forma no trânsito todos os dias na Rua João Falarz e na Avenida Toaldo Túlio, dos dois lados do viaduto, traz transtornos e prejuízos para a população.