Problemão

Projeto social na Grande Curitiba pede socorro após alagamentos

Imagens de dentro da sede do Dorcas mostram alagamento. Foto: Colaboração

Menos de dois meses após ser completamente alagado, o Projeto Dorcas, que atende 300 crianças em situação de vulnerabilidade em Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba, pede socorro novamente.

As fortes chuvas no fim do dia 13 de fevereiro causaram o alagamento de toda a estrutura, com a água invadindo as salas onde são ministradas aulas de reforço e música, a cozinha onde são preparadas 3 refeições por dia e o refeitório, além dos escritórios administrativos.

A tragédia ocorreu mesmo após obras emergenciais por parte da construtora que realiza obras de duplicação na Rodovia dos Minérios, que, segundo a empresa, impediriam novos alagamentos. Uma comunicação a respeito já foi encaminhada ao Ministério Público.

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Manifestação

Por conta da relação entre a obra na rodovia e os alagamentos, o Projeto Dorcas pede à população atendida que se concentre nesta segunda-feira (17), às 8h, em frente à OECI Engenharia (Rodovia dos Minérios, 4.578).

Como apoio emergencial, o projeto pede ajuda financeira a quem puder ajudar, e são aceitos também material de limpeza e ventiladores para secar o local, que segue debaixo d´água e muito úmido.

“Não faz nem depois meses e repete-se a mesma situação, culpa de uma obra que foi feita irresponsavelmente e com descaso do estado e município. Somos um projeto com 30 anos de trabalho sério, onde atendemos crianças em extrema vulnerabilidade”, desabafa a diretora do Projeto Dorcas, Darcle Cunha.

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Em dezembro, as crianças ficaram duas semanas privadas do contraturno no Projeto Dorcas após um intenso alagamento. “Isso acontece por falta de manilhamento para escoar a água do riacho que desemboca no Rio Barigui, fato que nunca tivemos durante 28 anos de existência do projeto. Após as obras na rodovia, estamos no terceiro grande alagamento”, lamenta a diretora.

E aí, governo?

Segundo o Departamento de Estradas e Rodagem do Paraná (DER/PR), em nota enviada à reportagem, após o alagamento de dezembro a empresa executora da obra de duplicação foi até o local e verificou que ele havia sido causado por acúmulo de resíduos em um bueiro localizado dentro do terreno da entidade. Apesar do bueiro não fazer parte do sistema de drenagem da rodovia, foi realizada limpeza e melhorias para facilitar o escoamento de água.

Ainda segundo a nota, após o nível de água do alagamento atual baixar, será verificado o motivo do mesmo e quais medidas são possíveis para melhorar mais a drenagem no terreno. “Esclarecemos ainda que a região é um ponto histórico de alagamentos, situação que é agravada pelo assoreamento do Rio Barigui”.

O DER informou que a duplicação da rodovia conta com um sistema de drenagem de águas para prevenir acúmulo de água nas pistas e entorno, mas ele foi projetado levando em consideração o volume histórico médio de chuvas e condições de plena operação dos cursos d’água.

AJUDE O DORCAS

Dados Bancários: BANCO ITAÚ – CÓD 341
AECRI – Associação Evangélica Cristo Redentor
Ag. 3721, Conta 90.000-3,
PIX 07.983.650/0001-43.

O Dorcas é administrado pela Associação Evangélica Cristo Redentor (AECRI) e tem como principal mentora a Comunidade Luterana do Redentor, de Curitiba. Conta também com doações de pessoas físicas e jurídicas e de instituições parceiras.

O Projeto Dorcas é reconhecido pelo poder público e pela população local como uma entidade séria e comprometida com o bem estar da comunidade onde está inserida, o bairro Bonfim, em Almirante Tamandaré, buscando aplicar com a máxima eficiência e responsabilidade os recursos adquiridos através de doações.

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