Em meio aos protestos contra o projeto de lei que terceiriza serviços das escolas estaduais, professores invadiram a Assembleia Legislativa do Paraná, na tarde desta segunda-feira (03). Para tentar conter os manifestantes, a Polícia Militar jogou bombas de gás lacrimogênio. Os vidros da fachada da Assembleia foram quebrados durante a confusão.

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“A gente querendo entrar na Assembleia Legislativa, os policiais jogaram bomba, spray de pimenta na cara da gente. Estouraram os vidros, jogaram alguns companheiros no chão, mas a gente resistiu e estamos aqui dentro. Vamos lutar contra a entrega da educação pública”, disse um professor num story divulgado no Instagram pela APP Sindicato no começo da tarde desta segunda-feira (03).

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O projeto Parceiro da Escola, que tramita em regime de urgência, entrou em votação às 14h. Mais cedo, os chefes de gabinete receberam a orientação de liberar funcionários. No início da tarde, os educadores marcharam pelas portas da sede do Legislativo, com cartazes, faixas e gritos contra a privatização do ensino.

De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, 87% dos colégios estaduais do estado tiveram aulas normalmente no dia de hoje, que marca o início da paralisação. Na semana passada, a Seed ameaçou descontar os dias de greve da folha de pagamento dos professores. Já durante o final de semana, a Justiça estabeleceu multa de R$ 10 mil ao sindicato que representa os educadores caso a paralisação aconteça sem um plano de manutenção do ensino.

Do que se trata o projeto?

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O projeto de lei passa à iniciativa privada a administração de 200 escolas estaduais. Na prática, empresas privadas ficarão responsáveis por merenda, internet, segurança, infraestrutura, contratação de professores temporários e limpeza. Já os professores efetivos deverão atender a critérios e metas estabelecidos pela empresa contratada, junto aos diretores. No entanto, o texto não esclarece quais serão os critérios e metas. Além da posição contrária ao projeto, os professores reclamam que não houve diálogo entre o governo do estado.

O texto prevê ainda que, antes de ser instalado, o projeto passar por uma consulta pública junto à comunidade escolar, em modelo parecido com o das instituições cívico-militares.

Invasão de professores em 29 de abril de 2015

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A última vez em que os professores invadiram a Assembleia Legislativa foi em 29 de abril de 2015, data que ficou marcada pela repressão violenta utilizada contra os educadores. Na época, os deputados votaram, a portas fechadas, o projeto de lei que mudou a previdência dos funcionários públicos estaduais, proposto pelo governo Beto Richa.

A Polícia Militar teve autorização para usar todos os meios de repressão conhecidos, como jatos d’água, sprays de pimenta, balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo e efeito moral. Em duas horas de conflito, mais de duzentas pessoas ficaram feridas

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