Os professores e funcionários de escolas da rede estadual do Paraná decidiram encerrar a greve da educação. Na noite de quarta-feira (05), eles se reuniram, de forma online, em assembleia estadual extraordinária da APP-Sindicato e decidiram encerrar com a paralisação que durou três dias – desde segunda (03). 

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Mesmo sem conseguir barrar a tramitação do projeto Parceiro da Escola na Assembleia Legislativa do Paraná, a avaliação da greve para a categoria foi positiva.

“Não conseguimos barrar a tramitação [do projeto que privatiza as escolas], mas incomodamos e alcançamos com grande êxito outros objetivos. A nossa luta colocou a pauta da venda das escolas no mundo. Nós temos posição firmada neste estado, provocamos o debate sobre este tema nacionalmente e as agressões e violências deste governador colocaram a nossa pauta e a nossa entidade no cenário internacional”, declarou a presidente da APP-Sindicato, professora Walkiria Mazeto.

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O texto do Programa Parceiro da Escola foi aprovado em três sessões realizadas entre segunda e terça-feira, com 39 votos favoráveis e 13 contrários. “Nós, professores(as) e funcionários(as) continuaremos na escola, porque precisamos cumprir não quatro anos de governo, mas a gente tem que cumprir 30 anos de trabalho na escola pública. É por isso que a gente não tem medo. A gente tem medo do que o governo pode fazer com a nossa escola e com a nossa vida funcional”, acrescentou Walkiria.

Pedido de prisão

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Na quarta-feira (05), o Governo do Paraná, por meio da Procuradoria Geral do Estado, solicitou a prisão da presidente da APP Sindicato. Questionada, a Procuradoria-Geral do Estado afirmou que encaminhou uma petição ao Poder Judiciário em que solicita a aplicação de multas contra a APP Sindicato e a presidente Walkiria.

Depois que a Secretaria de Estado da Educação afirmou que descontaria os dias da greve do salário dos professores, o órgão conseguiu na Justiça uma decisão que proibia a paralisação. O Governo do Estado afirma que o único posicionamento será sobre as multas. No entanto, a PGE não nega que houve o pedido de prisão.

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Sobre o assunto, a secretária de Assuntos Jurídicos da APP, Marlei Fernandes, disse que medidas serão tomadas pelo departamento jurídico. “Todas as medidas jurídicas das ações jurídicas que o governo impetrou estão sendo respondidas pelo nosso jurídico. Mas faremos a nossa defesa também com todas as denúncias de ameaça e assédio que recebemos. Levaremos a todas as entidades todas as denúncias de fraudes e ilegalidades que têm ocorrido”, afirmou Marlei.

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