Cansados da falta de segurança na região, funcionários e pais de alunos do Centro de Educação Infantil Olívio Soares Saboia, na Cidade Industrial, protestaram na manhã de ontem, logo após uma professora ser assaltada no estacionamento da escola. Dois bandidos levaram o carro e a bolsa da vítima, mas um deles foi preso pela Guarda Municipal e os pertences recuperados. Na semana anterior, a mesma escola foi atacada por assaltantes, que amarraram a vice-diretora e levaram o dinheiro da rifa de Páscoa.

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Uma funcionária da escola, que preferiu não se identificar, contou à Tribuna que a professora foi abordada por dois homens, quando estacionava seu Corsa sedan, por volta das 7h40. A ação foi vista por outros funcionários e pais de alunos, pois era o horário de entrada na escola. Segundo a professora, um dos bandidos estava armado. A Guarda Municipal foi acionada e prendeu um dos suspeitos próximo ao terminal do Cauiá, também na CIC. Adriano de Andrade, 35 anos, não portava arma e não tinha antecedentes criminais. Ele foi encaminhado para a Delegacia de Furtos e Roubos (DFR). O outro suspeito conseguiu fugir.

Revolta

O roubo indignou a comunidade, principalmente porque na terça-feira da semana passada a escola já tinha sido vítima de assaltantes. A vice-diretora foi agredida por dois homens até entregar R$ 2.500,00 arrecadados em uma rifa, que seria usada para comprar chocolates às crianças na Páscoa. Antes de ir embora, os marginais ainda amarraram a educadora em uma cadeira com fios elétricos. Ela continua afastada das funções, pelo trauma psicológico que sofreu.

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Assim como tem ocorrido em unidades de saúde da Cidade Industrial, desde o começo do ano a escola já foi arrombada quatro vezes. “Eles quebram janelas, arrebentam portas e levam equipamentos eletrônicos, como DVDs e computadores”, disse a funcionária. “Fora os atos de vandalismo. Se toda vez que acontecer algo formos registrar boletim de ocorrência, a gente não trabalha”, complementou.

A escola atende cerca de 800 crianças, nos turnos da manhã, tarde e noite. “Todos os funcionários estão amedrontados, principalmente porque não foi a primeira vez. Em outra situação uma pedagoga também foi assaltada dentro do estacionamento, então são constantes as situações de risco”, desabafou.

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Depois do assalto da semana passada, um guarda municipal foi designado para ficar na frente da escola, mas funcionários não acreditam que a medida de segurança dure muito tempo.