“Estamos desesperados”. Foi o que afirmou Iuri Castro quando perguntado sobre o estado emocional de sua família diante do desaparecimento de Maria Cristina de Castro, 26, irmã dele, desde o dia 13 de junho, no Centro de Curitiba. Sem notícias da jovem há uma semana, os familiares – que moram no município de Toledo, no interior do Estado – decidiram procurar a Delegacia de Umuarama, onde ela mora, para registrar um Boletim de Ocorrência, na manhã da última terça-feira (19).
Maria Cristina é professora de História no Instituto Federal do Paraná (IFPR), em Umuarama e, de acordo com amigos próximos, teria vindo a Curitiba no último dia 6 para a 17ª Jornada de Agroecologia, que aconteceu na Praça Santos Andrade até o dia 9. Desde então, Cristina não teria mais feito contato com ninguém.
Letícia Lemes, amiga pessoal da professora, informou à Tribuna do Paraná que o último contato com a docente aconteceu no dia 13, e que até as 12h do dia 14 ela ainda estava recebendo mensagens pelo celular. Depois disso, Cristina simplesmente desapareceu sem deixar pistas. “Sabíamos que ela estava hospedada num hotel perto do local onde acontecia o simpósio. Algumas pessoas que participavam do evento disseram que a viram pela última vez andando na Avenida Marechal Floriano Peixoto mas nada foi confirmado. Estamos muito angustiados”, afirmou.
Ativista das causas sociais, Maria Cristina possui forte engajamento humanitário sendo, inclusive, uma das idealizadoras do simpósio de agroecologia do qual participou. Viabilizado por 45 entidades – entre as quais ONGs, movimentos independentes e pessoas físicas ligadas ao setor – o evento estreou em Curitiba com a promoção de workshops e oficinas ligados à agricultura familiar. De acordo com um dos organizadores do encontro, que conversou por telefone com a Tribuna do Paraná, não há registro – entre os participantes – de que Maria Cristina tivesse se envolvido em atividades separadas do evento.
De acordo com Letícia, a professora tem um filha de 7 anos que agora está sob os cuidados do ex-companheiro, com quem mantinha um relação amigável, em Umuarama. Letícia revelou ainda que Cristina não estaria emocionalmente envolvida com ninguém, mas que, nos últimos meses, apresentava um comportamento estranho, isolando-se de amigos e evitando o contato. “Ela andava muito quieta e calma. De um jeito fora do comum”, disse. Iuri confirma a afirmação de Letícia. “Ela passava por momentos difíceis nos últimos meses”, afirmou.
A Tribuna do Paraná entrou com contato com o Instituto Federal do Paraná (IFPR), em Umuarama, que confirmou – por meio da secretaria institucional – que Cristina estaria afastada das atividades acadêmicas por motivos de saúde.
continua após a publicidadeSTF absolve Gleisi Hoffmann de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e caixa 2