O professor de Educação Física Antônio Carlos Pereira, o “Dinho”, 45 anos, foi preso em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, suspeito de estuprar meninos de 8 a 16 anos. De acordo com a polícia, ele se aproveitava da função de professor em uma escola particular de Quatro Barras e de “olheiro” de clubes de futebol para aliciar as vítimas.
A investigação da delegacia de Campina Grande do Sul aponta que a maioria das vítimas tinha menos de 14 anos, mas o número de garotos abusados não foi divulgado, já que o processo corre em segredo de Justiça. As denúncias foram feitas por mães de vítimas, no início do ano, e outros garotos foram identificados. Com base nesses indícios a Justiça decretou a prisão preventiva de “Dinho”.
Ele é acusado de seduzir os alunos para cometer atos libidinosos. “Dinho” não teria ameaçado as vítimas, porém a lei considera estupro de vulnerável qualquer ação sexual com menores de 14 anos, já que as vítimas não teriam discernimento para negar este tipo de proposta sexual.
A equipe de Campina Grande do Sul pediu apoio ao Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) para localizar o professor. O acusado fugiu para Campinas (SP), para Dourados e Ponta Porã (MS) e foi finalmente preso no país vizinho. Em todas as cidades, os policiais do Cope receberam apoio da Polícia Civil local.
Silêncio
“Dinho” aguarda vaga no sistema penitenciário. O delegado Edward Ferraz, titular do Cope, acredita que ele pode ter feito mais vítimas, já que muitas crianças e adolescentes não têm coragem de contar para os pais sobre esse tipo de relacionamento.
O professor não quis prestar depoimento e disse que só irá se pronunciar em juízo.