Momento histórico!

Primeiros vacinados do Paraná foram imunizados no Hospital do Trabalhador de Curitiba. Assista!

O Hospital do Trabalhador, em Curitiba, comemorou seus 74 anos em grande estilo. Ontem ele foi palco das primeiras oito imunizações feitas pela Secretaria Estadual da Saúde utilizando a vacina Coronavac contra o novo coronavírus. A enfermeira Lucimar Josiane de Oliveira, de 44 anos, foi a primeira a receber a dose do imunizante que pretende atenuar os efeitos da covid-19.

Foram vacinados ainda dois técnicos de enfermagem, um enfermeiro, um médico, um fisioterapeuta, um nutricionista, um fonoaudiólogo e um encarregado da higienização.

Veja como foi!

“Ainda não caiu a ficha. Eu queria imunizar todos que estão nesta sala e sair daqui todo mundo alegre e feliz como eu estou. Sei que precisa existir uma primeira pessoa e sou grata por terem me escolhido. Agradeço a todos que passaram pela minha vida e mesmo quando esmoreci, me ergueram e não me deixaram abater. Tomem a vacina, não desistam”, disse a enfermeira Lucimar de Oliveira.

O governador Ratinho Júnior abriu a cerimônia agradecendo aos profissionais da saúde. Um dia histórico. Não vencemos a pandemia ainda, mas estamos vencendo uma parte dessa guerra. Começamos (a vacinação) por aqueles que mais trabalharam durante essa pandemia e estão trabalhando, como missão deram suas vidas para cuidar de outras vidas, que estão há 10 meses trabalhando 24 horas por dia cuidando e nossas famílias. Nada mais justo do que a Saúde fazer uma homenagem a eles, dando-lhes o mínimo para enfrentar essa guerra”, disse.

Veja a entrevista com Lucimar de Oliveira, a primeira vacinada de Curitiba!

O médico plantonista Diego Schuster Paes comemorou o início do processo de vacinação no estado. “É realmente uma esperança. Nós, como profissionais, trabalhamos com protocolos, diretrizes, tivemos que enfrentar uma doença que não sabíamos nada. Eu não tenho palavras”, disse o médico, emocionado.

O Complexo do Hospital do Trabalhador (HT) conta com 74 leitos de UTI e 45 de enfermaria. O HT engloba, também, o Centro de Atendimento Integral ao Fissurado Labiopalatal (Caif), o Centro de Reabilitação do Paraná – Ana Carolina Moura Xavier (CHR), o Centro Regional de Especialidades (CRE Kennedy) e o Oswaldo Cruz. Das 265,6 mil doses de vacina Coronavac enviadas pelo Ministério da Saúde ao Paraná, 48 mil estão destinadas para imunizar 24 mil pessoas em Curitiba.

O governador Ratinho Júnior encerrou a primeira parte da cerimônia pedindo que se mantenham as medidas protetivas contra a propagação do coronavírus.

A primeirona

Lucimar de Oliveira foi uma das atrações da “festa da vacina”. Aliás, o clima de festa e emoção era grande e arrebatava a todos que compareciam ao salão onde as vacinas foram aplicadas. Com 44 anos, a enfermeira tem uma história de luta e dedicação na profissão, começando como faxineira em um hospital, até chegar à condição de enfermeira do Hospital do Trabalhador.

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“Venho de uma família simples e humilde. Comecei limpando chão, como auxiliar de serviços gerais, num hospital do Vale do Ribeira. Aliás, sou grato por tudo que vivi lá. Depois fui auxiliar, técnica em enfermagem e também socorrista na BR 116, onde vi muita coisa triste. Meu coração sempre foi da área da saúde, então decidi ir estudar em Marília (SP)”, contou Lucimar à Tribuna.

Depois de formada, decidiu voltar para Curitiba. “Na faculdade meus mestres me ensinaram a me colocar no lugar dos pacientes e meu coração, quando terminei, me trouxe de volta pro meu Paraná. Fui muito bem acolhida aqui no Hospital do Trabalhador e acabei na linha de frente, como enfermeira”. “Nossa equipe é nota 1000, muito unida e esperançosa, dedicada e trabalhadora”, complementou.

Emocionada, Lucimar pede que todos continuem se protegendo e levando a covid-19 a sério. “Saber que hoje temos a vacina dá ainda mais ânimo para enfrentarmos a covid-19. Surgiu uma luz no fim do túnel. O que posso falar é que deu certo. A vacina está aqui. Vamos todos nos imunizar, mas continuar fazendo o que temos feito, evitar aglomeração, usar a máscara corretamente, lavando bem as mãos, usando álcool em gel. Não é porque temos vacina que devemos de deixar de fazer o correto”, disse.

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