Só melhora em 2021

Chuvas mais intensas e o alívio da estiagem não devem chegar na primavera ao Paraná

Represa do Iraí. Foto: Lineu Filho/ Tribuna do Paraná

A crise hídrica que afeta o Paraná vai seguir, ao menos, até o começo de 2021. A expectativa de chuvas mais intensas e nas proximidades dos reservatórios de água não é nada animadora na primavera e tampouco no verão. Indicativos apontam que as chuvas nesta estação seguirão abaixo da média histórica e a economia no uso racional da água deverá seguir nas torneiras paranaenses. A previsão mais otimista aponta para um verão um pouco mais chuvoso.

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Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), nos últimos meses, grandes bloqueios atmosféricos impediram a passagem de frentes frias que são responsáveis pelas chuvas. Marco Antônio Jusevicius, coordenador da Operação Meteorológica do Simepar, acredita que esta condição climática deve predominar toda a primavera e no início do verão.

“Esse cenário deve ser acompanhado com cautela, pois corresponde à época do ano em que a precipitação média é esperada para aumentar naturalmente. Se for confirmado este cenário, isso pode levar a um princípio de recuperação sustentada do déficit de precipitação que verificamos nos últimos 18 meses no Estado do Paraná”, afirmou o meteorologista.

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Quanto a recuperação dos níveis das barragens, as chuvas precisam ser constantes e nos locais em que estão localizadas os reservatórios. “Como a estiagem perdura há meses, as chuvas, primeiro, vão encharcar o solo para depois a água escoar para as superfícies de córregos e rios que irão abastecer os reservatórios. Infelizmente, os piores cenários de estiagem vêm se confirmando. A normalização no abastecimento passa necessariamente pela recuperação dos níveis das barragens, o que só vai ocorrer com chuvas significativas e regulares”, explicou Julio Gonchorosky.

Rodízio

Os reservatórios que abastecem Curitiba e região metropolitana seguem com apenas 30,8% da capacidade total. Para que a água não falte de vez, a Sanepar adotou um de rodízio no abastecimento mais severo a partir de agosto, com 36 horas com água, intercaladas com outras 36 horas sem água nos imóveis da capital e de municípios da RMC.

E a Sanepar ainda alerta: se a seca prosseguir e a população não chegar à marca de 20% de economia, o rodízio vai ficar ainda mais duro. A perspectiva da Sanepar é adotar um novo rodízio, com menos horas de água nos imóveis, se os reservatórios caírem para 25% da capacidade.

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“Queremos evitar ao máximo a mudança no modelo do rodízio. Por isso a gente pede o entendimento da sociedade. Estamos bastante preocupados e temos batido sempre nessa mesma tecla, de que se faça o uso econômico da água neste momento”, apelou o gerente de produção de água da Sanepar, Fabio Basso.

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