Uma equipe de gestores da Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Paraná acompanhou, na quarta-feira (12), os testes realizados na área de escape inaugurada em novembro na BR-376, em Guaratuba, na região da Serra do Mar.
Em operação há quase um mês, a nova área foi feita na parte conhecida como ‘Curva da Santa’, conhecida por motoristas como um dos trechos de maior perigo da via. O escape já foi utilizado em seis ocasiões, inclusive por um ônibus de passageiros, que já fez uso do trecho de segurança nos primeiros dias após a conclusão da obra.
Sugestão da PRF para ampliar a segurança da rodovia no trecho de descida da serra, o escape fica do lado esquerdo da via, na altura do quilômetro 667, e é o segundo dispositivo de segurança desse tipo somente na porção paranaense da BR. A obra, que durou cerca de oito meses e custou aproximadamente R$ 20 milhões.
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Executados por pilotos profissionais, os testes de homologação foram acompanhados por engenheiros da Universidade de São Paulo (USP) e tiveram o apoio da empresa Volvo. Foram utilizadas carretas de 23 a 48 toneladas, em velocidades entre 60 km/h e 120 km/h.
O dispositivo é equipado com duas pontes rolantes sobre trilhos, o que facilita a remoção dos caminhões após a utilização. Com 150 metros de extensão, a nova área de escape é preenchida com cinasita (pequenas bolas de argila expandida), com até 1,1 metro de profundidade.
A BR-376 também conta com outra área de escape neste trecho de serra, inaugurada em 2011. Ela é a primeira área de escape construída e fica do lado direito da pista, quatro quilômetros à frente desta que foi testada na última quarta. Esta primeira área já foi utilizada mais de 240 vezes em oito anos funcionamento, conforme dados da PRF.
Trecho sinuoso
A BR-376 é a principal ligação rodoviária entre os estados do Paraná e Santa Catarina. Sete mil caminhões percorrem o trecho a cada dia, em média. O declive chega a 710 metros entre os quilômetros 656 e 675 da rodovia, na região da Serra do Mar, entre Tijucas do Sul (PR) e Guaratuba (PR). O trecho é sinuoso e em boa parte dele a velocidade máxima é 60 km/h.
Segundo a PRF, para evitar a perda dos freios, é fundamental que os proprietários e motoristas de caminhões façam manutenção periódica e utilizem o freio motor para descer a serra, sem superaquecer o sistema de frenagem do veículo.