Rodrigo Okopny, 26 anos, foi preso em flagrante por roubo, no início da noite de ontem, no centro. Ele furtava objetos de um veículo quando as vítimas o flagraram.
Mas o “relacionamento” de Rodrigo com a polícia já é de longa data. Além de ter três passagens por furto, ele assume que participou do assassinato de um dos grandes traficantes de drogas do Parolin, Edivaldo Saldanha, em 2006.
A prisão de Rodrigo ocorreu por volta das 18h. As vítimas surpreenderam Rodrigo furtando objetos do carro, estacionado na Rua Nunes Machado. Ele tinha quebrado o vidro do veículo. As vítimas contam que, ao se aproximar do bandido, ele fez menção de estar armado e ameaçou os donos do carro.
Enquanto uma das vítimas corria atrás do bandido, outra telefonava ao 190. Policiais militares do Pelotão de Motos, do 12.º Batalhão, localizaram o marginal correndo na rua.
O soldado Paulo Cezar contou que Rodrigo se deitou no chão e se entregou. Depois de reconhecido pelas vítimas, ele foi levado ao Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac-Sul), no Portão.
Crimes
Rodrigo contou ao Paraná Online que tem três condenações por furto. Passou bom tempo preso e conseguiu progressão de pena para o regime semiaberto, na Colônia Penal Agrícola. Há um mês, recebeu permissão para passar um final de semana com a família e não voltou.
Ele alegou que descumpriu a regra por medo de morrer. Rodrigo disse que na CPA estão alguns rivais e que, se voltasse, seria morto. Dado como foragido, a Justiça decretou mandado de prisão ao condenado.
Rodrigo assumiu que assassinou Edivaldo Saldanha, em 2006. Junto a outros sete comparsas, ele invadiu a casa do então chefe do tráfico no Parolin. Cercaram o local por todos os lados, inclusive pelo telhado, e furaram a casa inteira à balas. Edivaldo foi atingido por 25 tiros.
Segundo comentários na época, o traficante teria sido autor de 40 homicídios na capital e região. A guerra entre grupos rivais continuou no Parolin e resultou em muitos outros mortos e feridos. Rodrigo chegou a levar 10 tiros num confronto com a gangue rival.
Ligações suspeitas
Na presença de um policial militar, Rodrigo conversou com o Paraná Online. Ele disse conhecer Patrícia Cabral da Silva que, quando grávida, foi baleada na barriga durante assalto ao posto de combustíveis em que ela trabalhava, no Rebouças.
Depois de meses de investigação, a polícia concluiu que Patrícia forjou o assalto para receber indenização pelo “acidente” de trabalho. O tiro que a feriu teria sido previamente combinado.
Rodrigo contou que a conhecia antes do caso do posto. Ele disse ser muito amigo dos comparsas de Patrícia, Sidimar Thiago Oliveira e Luis Carlos, presos dias depois do crime. Contou ainda que, antes do assalto ao posto, o grupo já tinha cometido outros roubos.
Rodrigo, no entanto, alegou que nunca tinha cometido nenhum crime com ela ou com a dupla. “Não gosto de fazer vítimas, por isso não me meto com roubos. Só faço furtos”, explicou o detido.