De dentro da solitária da Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP I), Gilson Assis da Silva, o “Tatu”, conseguiu sair pela portinhola da comida e ganhar as ruas. O preso estava isolado, no cubículo do terceiro andar, depois que seu túnel, cavado há duas semanas, foi descoberto. Esta é a quarta fuga de Gilson do sistema penitenciário.
Na manhã de ontem, alargou as laterais da portinhola, chegou ao corredor, estourou cinco cadeados e passou por cinco portas antes de acessar a área de visitas, supostamente, sem ser visto. Com uma corda improvisada com cobertores e lençóis (tereza), escalou o muro e fugiu. Das doze guaritas da penitenciária, apenas duas tinham policiais, que alegaram não ter flagrado o preso.
Segundo a Secretaria da Justiça (Seju), Gilson fugiu, em 2006, da Casa de Custódia de São José dos Pinhais, no ano seguinte, da PEP II, e, em 2009, da Penitenciária Central de Piraquara (PCE). De acordo com a Secretaria, Gilson tem pelo menos 20 tentativas de fuga no currículo, a maioria delas cavando túneis.
PEP II
Uma tereza também foi usada pelos cinco presos que sumiram durante banho de sol, no pátio da PEP II, quarta-feira. A Seju informou que eles escaparam por “ponto-cego” do pátio, impedindo que a vigilância fosse acionada a tempo. São procurados Jefferson da Silva Raimundo, 32 anos, Fábio Lucas de Almeida, 30, Hugo Aparecido da Silva, 34, Alexandre Perez, 32, e André Cerdeira, 35.
Procedimento administrativo foi aberto pelo Departamento de Execução Penal do Paraná (Depen), para apurar se os detentos tiveram algum tipo de facilitação por parte de funcionários ou de policiais responsáveis pelo patrulhamento em toda a área do complexo prisional de Piraquara. A última fuga de regime fechado do Complexo Penitenciário de Piraquara ocorreu em dezembro de 2012.