Preso assume autoria de crime em presídio

O presidiário Leandro Lopes de Oliveira, o “Teco”, 24 anos, assumiu sozinho o assassinato de Anderson Dorcelino Antunes de Macedo, 23 anos, o “Nego Black”, encontrado morto, na manhã de terça-feira, asfixiado no banheiro coletivo do Centro de Detenção e Ressocialização de Piraquara (CDRP).

O delegado Osmar Feijó, da delegacia de Piraquara, disse que Leandro contou que deu uma rasteira em “Nego Black”, depois de ter sido agredido no rosto por ele.

“Ele contou que a vítima bateu a cabeça no chão e perdeu os sentidos. Depois disso, Leandro disse ter usado a toalha que Anderson tinha no pescoço para asfixiá-lo”, contou o delegado, que não soube informar por qual crime Leandro cumpre pena.

Disputa

Para Feijó, “Nego Black” morreu por conta de uma briga pela liderança de um grupo de presos. “Leandro alegou que tinha ‘problemas’ com a vítima e agiu para se defender.” Ele foi indiciado em inquérito policial por homicídio.

“Como recebi o ofício comunicando a morte dele só na quarta-feira, ele estava fora do período de flagrante. Instaurei inquérito com base no que ele disse, porque nenhuma testemunha quis depor, mas acredito que ele não agiu sozinho”, disse o delegado. Seguranças e funcionários do CDRP serão intimados a prestar depoimento.

“Nego Black” era tido como um dos bandidos mais perigosos da região do Alto Maracanã, em Colombo, e havia sido recapturado pela polícia, em 2006. Ele era acusado de ter cometido pelo menos dez assassinatos.

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