O advogado Jaminus Quedaros de Aquino, 59, foi preso nesta manhã de quinta-feira (3) após se apresentar à Polícia Civil do Paraná. Aquino é investigado pela morte de Suellen Helena Rodrigues, 29, assassinada a tiros quando deixava os dois filhos, de 8 e 10 anos, numa escola localizada no bairro Cajuru, em Curitiba.
Com mandado de prisão em aberto, o homem, que também é policial civil aposentado, deve ser encaminhado ao Complexo Médico Penal em Piraquara, onde ficará à disposição da Justiça.
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O crime foi registrado na segunda-feira (31). Imagens de uma câmera de segurança em frente à unidade de ensino mostram que o advogado chegou ao local em um carro, desce do veículo e corre em direção à ex. Ele troca algumas palavras e depois atira contra a vítima na frente das crianças. O filho mais velho corre do local, enquanto a menina mais nova tenta impedir a ação do homem. Após chegar a arrastar a vítima no chão, o advogado foge.
Polícia Civil investiga o caso
O caso foi registrado pela DHPP, mas a investigação ficou a cargo da Delegacia da Mulher, onde Jaminus chegou muito tranquilo e sem esboçar nenhum tipo de arrependimento, segundo a delegada Vanessa Alice.
“Ele se reservou no direito de se permanecer em silêncio durante todo o tempo e foi respeitado. O suspeito estava tranquilo, nem demonstrou nenhum nervosismo. Era frio e fez o que ele realmente tinha vontade de fazer com a vítima. Agora ele vai responder preso pelos dois crimes”, afirmou Vanessa, acrescentando que ele compareceu à delegacia com quatro representantes legais.
O advogado é ex-policial civil aposentado. Ele chegou a concorrer ao cargo de vice-prefeito de Prudentópolis, onde o casal vivia, em 2016.
Vítima já havia denunciado agressões
Suellen já tinha denunciado o ex por agressões, fugiu recentemente para Curitiba e já tinha uma medida protetiva contra ele. Contra o advogado, já havia um mandado de prisão em aberto, expedido no dia 25 de outubro por descumprir a decisão judicial em favor da vítima, que acabou morta seis dias depois.
Questionado sobre os motivos que o levaram a praticar o crime, o homem ficou em silêncio. De acordo com o advogado Tainan Felix Laskos, encarregado da defesa de Aquino, ele foi orientado a permanecer calado e só deve falar diante de um juiz.
“Vamos acompanhar todo o processo dele. Nós não sabemos por onde ele andou esses dias. Tivemos contato com ele por meio de uma ligação. Decidimos junto à Polícia Civil qual local seria melhor para fazer a apresentação. Pensamos antes no Complexo Médico Penal, mas por orientação resolvemos ir até a delegacia da mulher”, disse Laskos.