Presa acusada de agredir a filha de 11 anos

Uma mulher de 55 anos foi presa na noite de segunda-feira, no Cajuru, acusada de dar violentas surras na filha de 11 anos. Apesar de a família saber das agressões, precisou que a criança pedisse socorro a um vizinho. A mãe foi presa e deverá responder por agressão e maus-tratos.

“Ela me batia com qualquer coisa que visse pela frente. Até hoje só não me surrou com chinelo e cinta, porque o resto já foi tudo: cabo de vassoura, cabide, salto de tamanco, móveis, batia minha cabeça contra a parede”, relatou a menina.

Sentada quieta do lado de fora da delegacia, a menina contou que apanhava por qualquer coisa. Naquela noite, a mãe – que trabalha como diarista na casa de uma juíza – deu uma surra na filha quando a jovem chegou da escola. Depois, arrumou-se e saiu para fazer ginástica na academia. Antes de sair, avisou que bateria mais quando voltasse.

Repetição

A menina esperou a mãe sair e correu até a casa de uma amiga, na mesma rua, na Vila Acrópole. Depois de acolher e menina, a família chamou a polícia. A mãe foi presa quando chegava da academia.

Ela ainda ameaçou a filha, dizendo para ela esquecer tudo aquilo, caso contrário não lhe daria mais água e comida. A ameaça foi feita na frente dos soldados Rodrigues e De Paula, do 20.º Batalhão da Polícia Militar.

A mulher alegou aos policiais que ela mesma havia sido criada daquela forma, que assim criaria sua filha, e ninguém tinha nada com isso. “Éramos em sete irmãs. Nosso pai era rígido, mas ninguém era surrada assim”, rebateu a irmã da mulher. A garota é filha única da diarista e não conhece o pai.

Segundo a criança, as agressões ocorriam há mais de dois anos. Familiares já sabiam disso e, por diversas vezes, alertaram a mãe da menina, para não fazer mais aquilo. No entanto, não fizeram nada mais do que falar.

Fama de encrenqueira

Mãe, filha e os vizinhos foram todos levados ao Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac – Sul). Lá, a menina mostrou ferimentos e hematomas que tinha em todo o corpo, principalmente nas costas. Por enquanto, ela deve ficar sob a tutela de uma tia, até que a Vara de Infância e Juventude decida seu destino.

O homem que acolheu a criança contou que, na vizinhança, a mulher é arrogante, grosseira e mal-educada. Conforme relatou, qualquer coisa que acontecesse, a diarista ameaçava chamar a “patroa juíza” para resolver o problema e mandar prender quem lhe importunasse. A mulher vai ficar detida e o caso deverá ser repassado ao Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria).

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