Xô, fake news!

Preocupante! Paraná está em alerta após queda acentuada na vacinação contra Poliomielite

A redução de crianças vacinadas no Paraná chegou a 12,5%.
A redução de crianças vacinadas no Paraná chegou a 12,5%. Foto: Reprodução/AEN.

A Poliomielite (paralisia infantil) é uma doença contagiosa aguda causada por vírus que pode infectar crianças e adultos e, em casos graves, pode resultar em paralisia nos membros inferiores. A vacinação é a única forma de prevenção, sendo que todas as crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas. Essa lição a gente aprende desde cedo, no entanto, números revelados pela Secretaria Estadual da Saúde do Paraná (SESA), mostram preocupação pela queda no quadro vacinal. Comparado a 2019, primeiro ano da pandemia da Covid-19, a queda chegou a 12,5% de crianças vacinadas no Paraná.

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Há três anos, 89,69% das crianças menores de cinco anos receberam vacina nos postos de saúde. Em 2020, redução para 86,07% no Paraná; em 2021, uma queda acentuada para 77,19%. Apesar de não ter caso da doença no estado, a SESA prepara uma campanha para que os pais voltem a proteger os filhos.

De acordo com o secretário estadual de Saúde, César Neves, a preocupação quanto a um retorno da doença é motivo de alerta para a comunidade. “Realmente é preocupante, pois doenças tidas como erradicas podem voltar. Um exemplo prático foi o sarampo. Ficamos 20 anos sem casos no Paraná, e tivemos esse retorno nos últimos anos. Precisamos convocar os pais para que atualizem as carteiras vacinais dos filhos. Todos os postos têm as vacinas, e estamos preparando uma estratégia de mídia para conscientizar as pessoas”, disse o secretário.

Os motivos apontados pelo secretário para explicar a queda na aplicação de vacinas nos últimos anos variam desde a prioridade a vacina contra a Covid-19 ou mesmo a propagação de notícias falsas, as fake news.

“A Covid-19 deixou muitas famílias em casa e o receio de contaminação foi natural. Além disso, as fake news complicaram essa situação. Veja a vacinação das crianças para a Covid-19, que ficou abaixo dos adultos. É preciso ter consciência de saúde pública”, comentou Neves.

Historicamente, como resultado da intensificação da vacinação, no Brasil não há circulação da poliomielite desde 1990. O último caso de infecção pelo poliovírus selvagem ocorreu em 1989, na cidade de Souza, na Paraíba. No Paraná, em 1986, foi confirmada a última infecção. Pelo Mundo, a doença permanece endêmica em dois países: Afeganistão e Paquistão.

Vacina da Poliomielite – Quando tomar?

A vacina contra a poliomielite, também conhecida como VIP ou VOP, é uma vacina que protege a criança de 3 tipos diferentes do vírus que causam esta doença, conhecida popularmente como paralisia infantil, em que pode haver comprometimento do sistema nervoso e levar à paralisia de membros e alterações motoras na criança.

Para proteger contra a infecção pelo vírus da poliomielite, a recomendação da Organização Mundial de Saúde e da Sociedade Brasileira de Imunização é a de que sejam dadas 3 doses da vacina VIP, que é a vacina dada por meio de injeção, até os 6 meses e que sejam tomadas outras 2 doses da vacina até os 5 anos, que pode ser tanto por via oral, que é a vacina VOP, ou injetável, sendo esta a forma mais indicada.

A vacina contra a paralisia infantil deve ser feita a partir do 2º mês de vida e até os 5 anos de idade. No entanto, pessoas que não fizeram esta vacina podem fazer a vacinação, mesmo na idade adulta. Desta forma, a vacinação completa contra poliomielite deve estar de acordo com o seguinte esquema:

  • 1ª dose: aos 2 meses através de injeção (VIP);
  • 2ª dose: aos 4 meses através de injeção (VIP);
  • 3ª dose: aos 6 meses através da injeção (VIP);
  • 1º reforço: entre os 15 e 18 meses, que pode ser por meio da vacina oral (VOP) ou injeção (VIP);
  • 2º reforço: entre os 4 e 5 anos, que pode ser por meio da vacina oral (VOP) ou injeção (VIP).

Quais são os sintomas da poliomielite?

Os sinais e sintomas da poliomielite variam conforme as formas clínicas, desde ausência de sintomas até manifestações neurológicas mais graves. A poliomielite pode causar paralisia e até mesmo a morte, mas a maioria das pessoas infectadas não fica doente e não manifesta sintomas, deixando a doença passar despercebida.

Os sintomas mais frequentes são febre, mal-estar, dor de cabeça, dor de garganta e no corpo, vômitos, diarreia, constipação (prisão de ventre), espasmos e rigidez na nuca.

A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus, causador da poliomielite.

As sequelas da poliomielite estão relacionadas com a infecção da medula e do cérebro pelo poliovírus, normalmente correspondem a sequelas motoras e não tem cura. As sequelas da poliomielite são tratadas por meio de fisioterapia e da realização de exercícios que ajudam a desenvolver a força dos músculos afetados.

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