Após reportagem da Tribuna do Paraná em janeiro mostrar o abandono da estação-tubo Fagundes Varela, na Linha Verde, a prefeitura de Curitiba fechou o acesso à estrutura com tapumes de madeira. Instalada em julho de 2018 dentro da obra da Linha Verde, a estação ainda não está acabada.
Na reportagem do dia 21 de janeiro foi mostrado que o local estava abandonado, com restos de comida e bebida, cheiro desagradável e até peças intimas femininas. Segundo funcionários de uma empresa terceirizada que realizou a construção e a colocação dos tapumes, foram necessários 60 folhas de madeira para tampar o espaço.
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Prometida inicialmente pelo prefeito Rafael Greca (DEM) para março de 2019, a primeira linha de ônibus da Linha Verde, que ligaria o bairro Fanny à estação Fagundes Varela, teve a data de inauguração adiada duas vezes ano passado e agora segue sem data definida.
Por que parou?
Segundo a Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP), houve rompimento em julho de 2019 de contrato com a empresa que venceu a licitação do lote. O lote compreende o trecho que vai da altura da Avenida Victor Ferreira do Amaral, no Tarumã, até o cruzamento com a Rua Fagundes Varela, no Bacacheri.
No período, a empresa foi notificada 92 vezes pela SMOP por diversos motivos, sendo a maioria por não cumprir com o que estava no contrato, além de atrasos no cronograma e falhas de execução na obra. Atualmente, um levantamento completo do que já foi feito na obra e uma nova licitação será lançada para que o trabalho seja concluído.
No começo de dezembro, Greca anunciou em sua conta no Facebook a retomada das obras na Linha Verde com a hashtag #AgoraVai. Com o novo cronograma, a conclusão da última etapa da Linha Verde mudou. Em 2019 o prefeito anunciou que a conclusão seria em 2020. Agora, a promessa é de que a Linha Verde fique pronta em 2021, ou seja, 14 anos depois de a obra ter começado, ainda na gestão de Beto Richa (PSDB) à frente da prefeitura.