O prédio do antigo clube Sociedade Operário foi demolido em Curitiba, no Alto do São Francisco, e o espaço será transformado em estacionamento inteligente. Sem dar detalhes do projeto ou da negociação realizada com o dono do imóvel, a informação partiu das redes sociais do prefeito Rafael Greca (DEM) nesta terça-feira (4). A previsão é de que o local abra já na temporada do Dia das Mães.
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Pelo Facebook, o prefeito informou que o espaço da antiga sede do Operário será um “Estacionamento Inteligente ao lado da Mesquita Azul de Curitiba”. Para poder estacionar o veículo, o motorista deve acionar o uso do EstaR Digital. No vídeo gravado por Greca, é possível ver que o terreno já está sendo asfaltado e, conforme a postagem, a área servirá aos espaços de gastronomia, à Feira de Artesanato e aos espaços culturais e públicos.
“A antiga sede dá espaço para um estacionamento compartilhado, inteligente, do Centro Histórico de Curitiba. Na retomada econômica, essa área antes deprimida, será ocupada para os comerciantes, os feirantes e as pessoas que frequentam os bares e restaurantes”, disse Greca no vídeo.
Segundo informou Greca, o EstaR será fracionado a partir de 15 minutos até duas horas. “Na temporada do dia das Mães já estará funcionando. #VivaCuritiba“, escreveu o prefeito.
Bailes e festas do Dia do Trabalhador
O Operário, que foi fundado em 1883 com o nome de Sociedade Beneficente Protetora dos Operários, já foi sede do famoso “Baile dos Enxutos” e palco para inúmeras bandas de rock da capital, além de ponto de encontro para os idosos em bailes da terceira idade.
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O fundador foi Benedito Marques dos Santos. Segundo a história, ele trabalhava como mestre de obras. A primeira sede do clube era na Rua do Mato Grosso, que atualmente se chama Comendador Araújo. A sede ficou ali por pouco tempo. Ela logo mudou para o terreno no Alto São Francisco, na Rua Desembargador Ermelino de Leão, onde permaneceu.
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Desde a fundação, a sociedade arrecadava fundos para auxiliar os sócios, em caso de doenças e morte. O local também era ponto de encontro para comemorações do Dia do Trabalhador e sede para decisões sobre greves e discussões sobre o sistema capitalista. Conta a história que, mais tarde, a casa foi ficando famosa com a realização de bailes. O baile carnavalesco “Gala Gay” era concorrido.
Depois, com a sociedade em decadência, a sede do Operário se tornou casa de shows.