Força da comunidade

Após demolição irregular, estudantes param trator “no peito” e recuperam praça na Justiça

Upes consegue na Justiça impedir destruição da Praça do Seu Francisco. Foto: Reprodução / Instagram

A tradicional Pracinha do Seu Francisco, localizada na Rua Marechal Malet, 250, no bairro Juvevê, em Curitiba, foi parcialmente destruída neste sábado (13). O local, que tem a posse da União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (UPES), foi invadido por um trator a mando daquele que seria o novo proprietário do espaço. Uma decisão da Justiça, concedida pelo plantão judiciário, no entanto, interrompeu o serviço.

“Hoje acordamos com a noticia de que nosso terreno estava sendo quebrado. Uma construtora chegou acabando com tudo. Nos, que compartilhamos o terreno com a comunidade, não fomos informados do processo e nem notificados”, disse Thaís Carvalho, presidente da UPES no perfil da entidade no Instagram.

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A Upes emitiu uma nota sobre o caso. “No dia de hoje, o terreno de posse da UPES foi alvo de um ato manifestamente ilegal, por parte de uma pessoa que diz ter comprado o terreno de propriedade da Menezes Construtora. Ocorre que, o Tribunal de Justiça do Estado Paraná (TJPR), em 2012, reconheceu a existência da posse da UPES sobre o terreno por mais de 20 anos. De tal modo que, o fato ocorrido hoje não poderia ter ocorrido”, diz o comunicado.

O local, que era um terreno abandonado no passado, virou ponto de encontro da comunicada graças ao esforço do morador Francisco Toda, que morava ao lado do espaço. Os Caçadores de Notícias contaram sua história em 2018.

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Após o início da destruição do espaço, a Upes buscou a Justiça para impedir a continuidade da “limpeza” do terreno, todo bem cuidado e ornamentado com peças de artesanato e decoração. Ainda durante a madrugada desembargadora Franciele Cit determinou o acolhimento do pedido feito pela entidade, emitindo uma liminar que reconhece a posse da Upes.

Neste domingo, os estudantes convocaram seus pares e também a comunidade para reconstruir o espaço, que tinha uma horta comunitária e espaço de recreação.

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