Denúncia

Posto é denunciado por vender gasolina adulterada em Curitiba

Imagem ilustrativa. Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná
Imagem ilustrativa. Foto: Felipe Rosa/Tribuna do Paraná

Motoristas que tiveram seus carros danificados ao abastecer com gasolina adulterada semana passada em um posto no bairro Sítio Cercado, em Curitiba, tentam ser ressarcidos. Pelo menos dez carros tiveram problemas mecânicos sábado (27), quando os carros começaram a pifar logo após serem abastecidos no posto na Rua Isaac Ferreira da Cruz. Os motoristas lesados registraram Boletim de Ocorrência com a Polícia Militar (PM) e o caso foi encaminhado para investigação da Delegacia de Crimes contra a Economia e Proteção ao Consumidor (Delcom), da Polícia Civil.

O vendedor autônomo Misael Fiani, 30 anos, foi um dos motoristas lesados. Ele abasteceu o carro, um Hyundai Elantra, na noite de sexta-feira (26) e acabou com um prejuízo de total de cerca de R$ 700, incluindo o valor do combustível adulterado (R$ 174), o guincho (R$ 120) e apenas o orçamento da oficina mecânica (R$ 300). O valor, ressalta Misael, pode ser maior, já que o conserto ainda não foi feito. “Além disso tudo, ainda tive de gastar com Uber para ir num casamento no fim de semana”, completa o autônomo, sobre o gasto de R$ 90 com o aplicativo.

“Sábado de manhã o carro não funcionou mais. Ainda tive de gastar com Uber, porque tinha um casamento para ir no fim de semana. Só de orçamento da concessionária foram quase R$ 300”, desabafa Misael.

Outro consumidor prejudicado foi o comerciante Robson Angelo Vicentini, de 32 anos. Ele afirma que já era cliente do posto e por isso ficou surpreso com o prejuízo total de R$ 300: metade do combustível e metade da limpeza do tanque do carro. Isso fora a quebra na confiança do estabelecimento.

“Abasteci quarta-feira, cheguei em casa e o carro começou a pifar. Só descobri porque tive que ir na oficina e o mecânico arrancou as mangueiras do tanque, tirou a gasolina e fez uma limpeza geral. Fui reclamar várias vezes no posto e ninguém atende”, conta o comerciante.

Ressarcimento

Tanto Misael quanto Robson destacaram que além do Boletim de Ocorrência, vão reunir notas fiscais e acionar o Procon-PR para serem ressarcidos. De acordo com a Polícia Civil, todos os consumidores lesados pelo posto devem procurar a Delcon, cujo telefone é (41) 3883-7100.

Em entrevista ao telejornal Meio-Dia Paraná, da RPC, a diretora do Procon-PR, Claudia Silvano, também orienta que as pessoas lesadas devem abrir reclamação no órgão. Além do valor do combustível, o consumidor tem direito ao ressarcimento de custos como locomoção e o conserto do veículo. Mas para isso, o consumidor deve ter as notas fiscais do combustível, bem como dos serviços gerados pelo prejuízo, como gastos com oficina mecânica.

“É superimportante que o consumidor peça a nota ou qualquer outro documento que comprove que adquiriu combustível naquele estabelecimento. É muito relevante que o consumidor faça isso. Se eventualmente ele não tiver a nota, mas uma testemunha que o veículo foi abastecido lá, ele pode recorrer ao Poder Judiciário”, explica Claudia Silvano.

O Procon-PR também informa que já fez contato com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e irá encaminhar todos os documentos e dados coletados. O objetivo é que o órgão nacional fiscalize a qualidade do combustível para ver se está adulterado.

O Sindicato dos Postos de Combustíveis do Paraná (Sindicombustíveis –PR) informa que aguarda investigação dos órgãos responsáveis, respeitando o amplo direito de defesa dos consumidores.

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