População tira o dia para arrumar estragos do temporal

Muita gente tirou o dia de ontem para contar estragos e prejuízos da forte chuva que atingiu Curitiba e região na quinta-feira. Até as 17h de ontem ainda havia locais sem energia elétrica, além de árvores e galhos caídos pelas ruas. Segundo a Defesa Civil do Paraná, mais de 250 mil pessoas foram afetadas pelo vendaval.

Foi por pouco que Paloma de Carvalho Ribeiro não se machucou ou teve a casa de madeira derrubada pela árvore que despencou em sua rua. Ela e os pais estavam em casa quando parte da árvore caiu, na Rua Carlos Garbaccio, no Pilarzinho. “Estava dormindo no quarto e acordei com a ventania. Não dava para enxergar nada lá fora”, conta. “Com ajuda dos vizinhos tiramos o galho. Os bombeiros vieram às 23h e terminaram o trabalho à 1h manhã”, diz. Segundo Paloma, ela e os vizinhos já tinham solicitado à prefeitura o rebaixamento da copa da árvore desde novembro.

O representante comercial Libório Schneider, que tem escritório na Rua Antônio Costa, no Vista Alegre, viu pela janela os estragos na rua. “Veio um redemoinho que derrubou o pinheiro, dois postes e a placa aqui na frente”, relata. “O vento arrancou a janela, que veio para dentro do escritório”, comenta. Até as 17h de ontem, a rua continuava sem luz. Libório disse que teve sorte, pois normalmente estaciona o carro no local onde a árvore caiu.

Apavorante

Marco André Lima
Moradores tiraram o dia pra arrumar o telhado depois do vendaval

O engenheiro civil Jorge Augusto Serafim nunca tinha visto nada igual. “Foi apavorante. Mesmo com o vidro fechado, entrava água no escritório”, relata. “O vizinho veio dizendo que o prédio ia cair, tinham fios chicoteando na rua e não dava para enxergar nada”. Sem energia elétrica, ele não pode nem trabalhar ontem. Dono de restaurante na Rua Antônio Costa, Dirceu Ristow Junior conta mais de R$ 2 mil em prejuízo, por causa de vidros quebrados, destelhamento e alimentos perdidos por falta de refrigeração.

Já o taxista Eli Teodoro da Silva levou quase duas horas para fazer percurso que normalmente demoraria 10 minutos. “Do shopping Estação até o Alto da XV demorei quase duas horas. Os semáforos estavam todos desligados, não andava de jeito nenhum”. Na tarde de ontem, as crianças do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Lygia Carneiro se divertiam com uma árvore caída na rua, em Santa Felicidade. A educadora Mariângela Ravanello contou que a creche ficou sem luz por causa da chuva. “Ficamos no escuro com as crianças. Foi difícil porque não tinha televisão nem rádio e eles ficaram bem alvoroçados”.

Confira na galeria de fotos e no vídeo os estragos causados pela chuva.

Marco André Lima
Bairros ficaram sem energia elétrica até o final da tarde de ontem.
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