Uma infestação de pombos no posto de saúde Caiçara, do bairro Vila Nova, em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), está deixando os usuários do local preocupados.
Além de serem vetores de várias doenças, algumas transmitidas por meio de suas fezes, as aves estão trazendo pulgas e piolhos para o recinto, tornando-o insalubre.
O aposentado João Antônio de Lima conta que esse problema já é antigo. Algumas salas tiverem que ser fechadas por estarem cheias de piolhos. “O consultório do dentista estava com uma colônia destes insetos e não tinha a mínima condição de atender a gente. A sala de fisioterapia está sem forro e é comum encontrar fezes dos pombos no local. Se tivesse outra opção, com certeza não viria até aqui. Mas como não tenho, sou obrigado a encarar esta situação”, afirma.
A dona de casa Júlia Carvalho diz que os pombos começaram a aparecer quando o forro do posto caiu. “Como pode ver, há muita parte do telhado sem o forro. Existem espaços pelos quais os pombos entram e criam o seu ninho. Além disso, volta e meia a gente vê arranhas-marrom e também cobras, uma vez que o matagal está tomando conta da lateral do posto. Também é comum ver cachorros de rua, que trazem as pulgas aqui para dentro. Se um dos meus filhos ficar doente, eu dou um jeito e os levo para outro lugar para ser atendido. De forma alguma vou expô-los a esta situação”, revela. Carvalho informa ainda que quando chove, há goteiras em diversos cantos do posto. “Em dias de chuva, isso aqui vira uma tristeza”, alertou.
Dificuldades
O secretário municipal da saúde de Piraquara, Samir Smaka Ivanoski, diz estar ciente da situação da casa de saúde, porém, ele conta que o município encontra-se em dificuldades financeiras.
“Piraquara teve uma diminuição na sua arrecadação e isso nos afetou de sobremaneira. Estamos fazendo o possível para atenuar o problema. Nós já mandamos uma equipe para realizar a limpeza do forro e nos próximos dias o mato deverá ser roçado. Acredito que até no máximo o início da semana que vem as coisas estejam melhores”, garante.
Com relação ao forro, o secretário informa que espera o repasse do material para o conserto. “Estamos apenas esperando que a Prefeitura faça a compra do material e nos enviem”, concluiu.