#PerdeuPiá

Policial de Curitiba famoso no Youtube por seguir suspeito de bicicleta pede demissão

No vídeo, Da Costa chora ao contar que um sonho está se acabando.
No vídeo, Da Costa chora ao contar que um sonho está se acabando. Foto: Reprodução.

O soldado Da Costa, 31 anos, que atuava no 23.º Batalhão da Polícia Militar (PM), em Curitiba, e ficou famoso com o canal “Perdeu Piá“, no Youtube, com quase 430 mil inscritos, deixou a PM. A decisão, segundo ele, foi tomada após sofrer represálias da corporação por causa dos vídeos postados no canal.

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Da Costa bombou na internet após um vídeo em que ele pega a bicicleta abandonada por um suspeito para continuar uma perseguição que começou a pé (veja abaixo), entre outros que fizeram sucesso no canal. A informação da saída dele da PM foi postada no “Perdeu Pía” no domingo (19), em um vídeo em que Da Costa chora ao contar que um sonho está se acabando. Desde que foi postada, a saída do policial da corporação gerou grande repercussão das redes sociais.

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“Taí, a farda que eu tanto ostentei, que eu tanto desejei… Entregar ela e deu, deu pra mim”, diz o soldado no início da postagem. O vídeo tem cerca de 14 minutos. Nele, Da Costa diz, basicamente, que estava respondendo a inúmeros processos administrativos e que superiores dentro da PM estariam articulando a sua expulsão da corporação. Dentro do carro, estacionado em frente ao 23.º BPM, na Cidade Industrial de Curitiba, ele conta que passou a sofrer durante seu trabalho, depois que o canal foi aberto na rede social.

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“É absurdo o que acontece. Eu não compactuo com esse tipo de coisa. Acho que esse ambiente não é mais para mim. Vocês me conhecem, sabem o quanto eu amo a minha profissão, adoro ajudar as pessoas… Mas está cada vez mais inviável”, desabafa o Da Costa aos prantos, com a farda colocada ao seu lado, no banco do passageiro.

O soldado youtuber está na PM desde o dia 6 de janeiro de 2014. Ele conta que a ideia do canal “Perdeu Piá” surgiu para tentar aproximar os policiais da comunidade, mostrando o dia a dia de combate ao crime. “Quando veio o canal, as crianças queriam vir tirar fotos aqui no Batalhão, se interessavam em saber sobre o trabalho da PM, queriam conhecer os policiais do ‘Perdeu Piá'”, revela.

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A data do pedido de exoneração do cargo, assinado pelo soldado, foi 10 de setembro, dia em que o vídeo também foi filmado. O título do vídeo é “Acabou para mim”, que até o início da manhã desta terça-feira (21) já contava com cerca de 210 mil visualizações.

Bombando nas redes

Entre os vídeos quem mais bombaram do Perdeu Piá estão o que ele persegue, com uma bicicleta, um suspeito que utilizou de uma ponte de pedestres pra escapar da abordagem policial. Outro que já tinha 1,9 milhão de visualizações mostra como e equipe teve que lidar com as pessoas durante uma discussão que testou a paciência da equipe. Entre os campeões de audiência está um vídeo em que os policiais conseguem descobrir a mentira quem um suspeito estava tentando passar aos policiais em uma abordagem.

Entre os vídeos que bombaram do Perdeu Piá está o que Da Costa usou uma bicicleta pra perseguir um suspeito que utilizou uma ponte para pedestres pra tentar escapar de uma abordagem da equipe.
Entre os vídeos que bombaram do Perdeu Piá está o que Da Costa usou uma bicicleta pra perseguir um suspeito que utilizou uma ponte para pedestres pra tentar escapar de uma abordagem da equipe. Foto: Reprodução.

E agora, Da Costa?

Em bate-papo com a Tribuna, Da Costa disse que pretende continuar com o canal, sendo uma voz da PM do lado de fora da corporação. “Recebi apoio, ligações de vários colegas. Eles querem que eu continue. Até me pediram para não deixar a PM, mas não deu”, contou.

E aí, Polícia Militar?

A Polícia Militar do Paraná foi procurada pela reportagem da Tribuna, mas não havia se manifestado até o fechamento da matéria.

Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira sobre a realização de uma blitz educativa, o coronel Hudson Leôncio Teixeira, da Polícia Militar, foi questionado por repórteres e falou sobre o caso. “Esse policial foi afastado das atividades uma vez que fazia comentários que transgridem as normas disciplinares e aos princípios da hierarquia da nossa Polícia Militar. Foi aberto um procedimento administrativo no qual ele tinha o direito, ele pediu a baixa, a ampla defesa e ao contraditório. Então o inquérito foi aberto para apurar esses fatos, mas ele pediu a baixa e isso foi suspenso. Não há mais a necessidade de continuar com esse inquérito”, disse.

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