Investigadores de várias delegacias protestaram contra a superlotação das cadeias em frente às unidades da região metropolitana durante toda a sexta-feira. A manifestação começou às 11h, em frente à delegacia de Pinhais, onde uma rebelião terminou com um preso e três policiais baleados na semana passada.
Deputados, vereadores, representantes do Conselho de Segurança de Pinhais e integrantes do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Paraná (Sipol) participaram da manifestação. A carceragem de Pinhais aguarda decisão judicial para saber se o xadrez será interditado.
Os investigadores colocaram faixas pedindo providências do governo em frente às delegacias, entregaram panfletos falando sobre a falta de segurança dos investigadores e da população devido à superlotação das carceragens e utilizaram camisetas com manchas vermelhas, para lembrar os ferimentos dos colegas Osmair e Urubatan, baleados durante a rebelião.
Caos
O Sipol também pede que o governo construa mais presídios para desafogar as delegacias. “Tirando o preso das cadeias públicas, os investigadores poderão finalmente investigar, ao invés de ter que cuidar de preso e dos funcionários contratados por Processo Seletivo Simplificado, que não tem treinamento adequado para cumprir a função e acabam envolvidos em ilicitudes”, desabafa Ramires.
Para tentar retirar os policiais do serviço de carcereiros, a Secretaria de Justiça (Seju) enviou agentes de cadeia para as delegacias, mas nem todas a unidades receberam os funcionários e em número suficiente para cobrir 24 horas de trabalho.
O Paraná Online fez um levantamento de presos em algumas delegacias da grande Curitiba. O caos é generalizado, pois nenhuma opera com menos do que o dobro de suas capacidades.