A Delegacia de Homicídios (DH) tenta descobrir se a morte do paciente Carlos Rodrigues Moscaleski Reis, 31 anos, que estava internado no Hospital Espírita de Psiquiatria do Bom Retiro, foi acidente ou assassinato. Ele estava amarrado em uma cama, que foi encontrada incendiada na tarde de sábado (26), e teve o corpo completamente carbonizado da cintura para baixo. Várias informações são verificadas pela equipe de investigação e o delegado Rubens Recalcatti, titular da DH, já solicitou uma nova perícia no quarto onde a vítima estava acomodada.
Os policiais tentarão descobrir se Carlos já estava morto quando foi queimado e o histórico do paciente, que era usuário de drogas, considerado agressivo e violento. “Precisamos saber por que ele foi internado. O resultado virá com o laudo do Instituto de Criminalística (IC), do Instituto Médico Legal (IML) e as oitivas. Também aguardamos o histórico registrado pela Fundação de Ação Social (FAS)”, conta o delegado.
Caso o homicídio seja comprovado, o principal suspeito é outro paciente, que teria sido agredido por Carlos horas antes do crime. “Ele está muito agressivo. Precisamos trazê-lo consciente para prestar depoimento, portanto vamos aguardar”, afirma Recalcatti.
Uma hipótese mais difícil, de um caso de autocombustão iniciada no corpo da vítima, também não será descartada.