A Polícia Militar do Paraná (PMPR) iniciou conversa com manifestantes bolsonaristas paranaenses nesta segunda-feira (09) para acompanhar a desocupação de acampamentos de frente aos quartéis. O fim do acampamento tem prazo de 24 horas para ocorrer, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na noite de domingo (08).
Em Curitiba, a movimentação era pequena na frente do 20º Batalhão de Infantaria Blindado, no bairro Bacacheri. No máximo 20 pessoas permaneciam na região. Já no Quartel General da 5ª Região, localizado no Pinheirinho, barracas seguem montadas e o movimento bem menor comparado as últimas semanas.
“Iniciou a mediação, falando que as pessoas desocupem essas vias para que seja dado o cumprimento da ordem. As Polícias Militar e Civil estão fazendo uma avaliação de risco para que tenhamos a menor possibilidade de confronto. Não queremos isso, e caso nao saiam, teremos que efetuar prisão. A PM está fazendo uma avaliação, e até a hora do almoço teremos um diagnóstico do Estado do Paraná, e a partir da tarde pretendemos começar a obstrução”, disse o coronel Hudson Leôncio Teixeira, comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, secretário de Segurança Pública do Paraná.
Em nota, o governo estadual, via Secretaria de Estado da Segurança Pública, relatou que estão preparando as ações para desmobilização dos atos que ainda estão na frente dos quartéis, em respeito à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). O Estado do Paraná também se colocou à disposição do Ministério da Justiça para auxiliar no que for preciso para a retomada da ordem e da paz na capital federal.
Também em nota, as Forças de Segurança do Estado do Paraná irão cumprir a determinação de desmobilização dos acampamentos à frente dos quartéis e o Exército prestará o apoio que for necessário.
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Vale reforçar que o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou que, após os atos bolsonaristas em Brasília no domingo (8), não é mais possível “aturar” os acampamentos golpistas em frente aos quartéis-generais do Exército.
“Não tem como continuar assim, vamos tomar providência, não tem mais como aturar isso”, declarou José Múcio Monteiro em entrevista à TV Globo.