Polícia com pressa!

Polícia já está ouvindo testemunhas de homicídio no Bacacheri

Imagens de câmeras de segurança e de monitoramento e depoimentos de testemunhas podem ajudar a Polícia Civil a solucionar a execução de Júlio Carlos de Oliveira, de 31 anos. Ele foi morto a tiros dentro do próprio carro, na tarde da última terça-feira (12), na rua Vereador Antônio Domakoski, próximo à rotatória da avenida Francisco M. Albizu, no bairro Bacacheri, em Curitiba. A esposa da vítima estava no carro, mas foi atingida só de raspão.

A mulher não teve a identidade divulgada porque, segundo a Polícia Civil, está ameaçada. “Era pra ela ter morrido também. Isso só não aconteceu porque os tiros pegaram quase todos no marido”, explica a delegada Sabrina Barreiros Alexandrino, responsável pelo caso. A mulher já foi ouvida pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Algumas testemunhas também prestaram depoimento.

Por enquanto, as investigações apontam que a provável causa do homicídio foi um acerto de contas por causa de dinheiro. Os atiradores estavam em um carro ainda não identificado e abriram fogo contra o veículo onde as vítimas estavam. Dentro do automóvel havia ainda três animais de estimação: dois coelhos e uma calopsita, que saíram ilesos.

Testemunha presa

Ainda na terça, Maxuel Pereira Dadona, 31, foi preso ao comparecer à DHPP para ser ouvido como testemunha sobre o crime. Ele conhecia Oliveira, mas tinha um mandado de prisão em aberto pelo crime de roubo. “Ele também tem passagem por porte ilegal de arma de fogo, outros roubos e falsidade ideológica”, afirma a delegada. O homem está na carceragem da DHPP e deve ser encaminhado ao Centro de Triagem I nos próximos dias, onde ficará à disposição da Justiça. A pena prevista varia de dois a 10 anos de prisão.

Ainda segundo a polícia, Oliveira e Dadona eram parceiros de crime. Juntos, eles já tinham praticado alguns roubos de cargas, “mas a esposa diz que ultimamente o marido estava sossegado. Ele também tinha passagens na polícia”.

Outra testemunha

No dia do crime, uma outra testemunha presenciou o veículo que pode ter sido usado pelos marginais. “Eu estava varrendo umas folhas na frente de casa e só ouvi a sequência de tiros”, contou no dia do crime a testemunha, que não quis se identificar. Como estava bem próximo do local do crime, ele viu o carro de onde os disparos podem ter partido. “Era um Celta prata, o único carro que saiu dessa rua depois dos tiros. Estava em alta velocidade e subiu a Francisco Albizu”. A via dá acesso tanto à Linha Verde quanto ao caminho para Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba.