Corrida perigosa

Polícia investiga racha em morte por atropelamento; familiares queimam pneus em protesto

Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) vai investigar a morte da universitáira. Foto: Aniele Nascimento / Gazeta do Povo / Arquivo

Uma estudante de 19 anos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) foi morreu atropelada em Curitiba na manhã desta quinta-feira (12), por volta das 10h. O acidente ocorreu na Cidade Industrial (CIC), na Rua Professor Pedro Viriato Parigot de Souza, em frente ao campus da Universidade Positivo (UP). A Polícia Civil investiga se a moça foi vítima de uma corrida de racha.

Na noite desta quinta amigos, familiares e moradores da região fizeram um protesto na via. Pneus e madeira foram queimados no local para chamar a atenção para o risco no local, especialmente contra os acusados pelo acidente.

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Um dos motoristas, identificado como Fernando Rocha Fabiani, que estaria disputando o racha, foi preso em flagrante. Ele tem 27 anos. Em nota enviada para a imprensa, os advogados dele disseram que: “O ideal seria que não tivesse ocorrido esse fato lamentável; que, tendo vítima fatal, o inquérito vai dar as respostas técnicas; que nosso cliente vai colaborar com as investigações no que for possível; pelas regras processuais ele ficará preso até o juiz da custódia deliberar sobre responder ou não em liberdade”.

O acusado só irá se pronunciar em juízo. Ele fez teste do bafômetro no local, mas o resultado deu negativo. O segundo motorista fugiu do local. Segundo a Polícia Civil, ele seguia sendo procurado. A investigação está com a Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran).

O corpo da jovem foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). Ela estaria indo até a UP para fazer uma plotagem de um material.

Mudanças na via

A Pedro Viriato passou por uma revitalização asfáltica recente, dentro do plano de asfaltamento da prefeitura de Curitiba. Desde que as obras foram concluídas e a sinalização foi pintada, moradores da região reclamam do abuso de velocidade dos motoristas. Em um condomínio de apartamentos localizados na via, próximo Rua Professor João Falarz, a principal reclamação tem sido o perigo para estacionar, embicando o veículo no portão da garagem que fica do lado direito da rua.

“Temos que ficar de olho no retrovisor e avisar muito antes de diminuir a velocidade. As faixas amarelas foram pintadas agora, antes não tinha. Parece que isso dá o direito do motorista correr daquele lado. Tem sido um perigo”, disse um morador que preferiu não se identificar.

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