Dois homens foram indiciados pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) pelo acidente que resultou na morte de nove pessoas na BR-376 em Guaratuba, no Litoral do Estado, no final de outubro. Entre os mortos estão nove adolescentes que integravam o projeto Remar para o Futuro, de Pelotas, no Rio Grande do Sul, que retornavam de viagem após competirem em São Paulo.
Segundo a Polícia Civil do Paraná (PCPR), o motorista do caminhão foi indiciado por homicídio culposo na direção de veículo automotor, crime tipificado no artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro. Já o proprietário do veículo foi indiciado por homicídio culposo conforme o artigo 121, § 3º, do Código Penal.
Com a conclusão das investigações, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público.
Tragédia na BR-376
De acordo com a Policia Rodoviária Federal (PRD) ,uma carreta conduzida por um homem de 30 anos, que se feriu levemente, teria perdido os freios, colidindo na traseira da van, que foi projetada à frente colidindo na traseira do automóvel conduzido por um homem, que estava sozinho e não se feriu. Em seguida, a van rodou e a carreta a arrastou para fora da pista, tombando sobre ela. Foram 9 mortes confirmadas, todos integrantes da van.
A investigação apontou para problemas mecânicos na carreta. Os peritos acreditam de que dos 10 sistemas de freio da carreta, apenas um estaria funcionando normalmente. Quatro, estariam com “meia boca”, e os outros cinco não funcionavam. A informação foi veiculada no “Fantástico”, da Rede Globo.
Segundo a reportagem, que teve acesso à imagens e depoimentos na Polícia Civil do Paraná (PCPR), um dia antes do acidente, o caminhão começou a apresentar problemas. No sábado (19) pela manhã, já no Paraná, o motorista Nicolas de Lima Pinto, de 30 anos, precisou recorrer a um reboque e chegou a substituir a embreagem, mas deixou o posto de combustíveis antes de concluir o serviço, em razão de um problema na caixa de câmbio.
No dia seguinte, um outro mecânico da região, apelidado de Bino, terminou o reparo. Já era noite de domingo (20) quando Nicolas seguiu viagem, mas só andou um quilômetro e parou de novo. Ele foi até o pedágio mais próximo escoltado pela concessionária e reencontrou Bino. Um fio ligado ao sistema de marchas estaria rompido. “Eu só descasquei e emendei o fio, senão o caminhão nem andava”, afirmou Bino, à reportagem. Uma hora e meia após deixar o pedágio, a carreta bateu na van.