Com quase 100 baterias utilizadas em torres de transmissão de telefonia celular, Everton Pavoni, de 32 anos, foi preso em flagrante pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). Ele é suspeito pelo crime de receptação desses produtos, avaliados em R$100 mil e que, quando roubados, deixam cidades inteiras do interior sem comunicação.
De acordo com o delegado Rodrigo Browm, as investigações começaram após uma denúncia realizada pela empresa de telefonia que teve várias dessas baterias furtadas em cidades do Paraná e de Santa Catarina como Imbituva, Telêmaco Borba, Candoi, Prudentópolis e Florianópolis.
Com essas informações, a equipe do Cope se deslocou até o endereço indicado, onde o suspeito se apresentou como proprietário da empresa e negou possuir baterias estacionárias dentro das empresa. No entanto, os investigadores realizaram buscas no estabelecimento e localizaram 96 baterias na área de sucatas. Com isso, prendeu o homem em sua loja de autopeças no bairro Cachoeira, em Almirante Tamandaré.
“Essas baterias são necessárias para funcionamento das torres e, sem elas, milhares de pessoas ficam sem sinal de internet e telefone. Então, quando descobrimos esse grande receptador nós começamos a investigá-lo porque, se não houver quem compre, não haverá o interesse em furtar esse tipo de produto e prejudicar pessoas com isso”, explicou o delegado.
De acordo com ele, essas baterias são utilizadas para estabelecer provedores clandestinos de internet. Por isso, é necessário denunciar essas práticas.
O caso continua
Na delegacia, o suspeito não informou a procedência do material. No entanto, a equipe da delegacia já tem informações a respeito dos vendedores e promete dar continuidade ao caso.
Enquanto isso, o homem permanece preso na carceragem temporária do Cope e, se condenado, pode pegar até oito anos de reclusão.
De acordo com o advogado de defesa do empresário, Brunno Pereira, seu cliente trabalha com esse comércio há muito tempo e possui documentos relativos aos materiais. “Essas baterias são de uma compra que ele fez de produtos para descarte, e vamos apresentar as notas”, finaliza.