Terra de ninguém

Polícia Civil investiga possível cemitério clandestino no Caximba

A investigação sobre um cemitério clandestino no Caximba levou o delegado Rubens Recalcatti, titular da Delegacia de Homicídios, a mais um caso de assassinato. Na tarde de ontem, o delegado estava na invasão 29 de Outubro, quando uma moradora o avisou sobre um cadáver no mato. O homem, identificado extraoficialmente como Adaiton Souza da Luz, 35 anos, morreu vítima de agressão física.

De acordo com o delegado, a vítima deve ter sido morta na noite anterior. “O corpo estava coberto por galhos, jogado no meio do mato. O rosto já estava comido por animais, mas ele foi morto recentemente”, afirma Recalcatti.

Perigo

A região da Caximba está se tornando uma das áreas mais violentas de Curitiba. O número de homicídios, em quatro meses, é o mesmo registrado no ano passado inteiro. Com a vítima de ontem, já são dez assassinatos na região neste ano, cinco deles na invasão 29 de Outubro.

O alto número de assassinatos levou a DH a preparar uma operação especial na região. Há algumas semanas, Recalcatti investiga a denúncia de existência do cemitério clandestino, usado para esconder corpos, mas ainda não encontrou a área.

“Esperamos o tempo melhorar para procurar este cemitério, porque é um lamaçal e não tem como ir lá. O corpo estava justamente no ponto indicado como cemitério clandestino”, comenta o delegado.

Alerta

A invasão 29 de Outubro surgiu em 2010 e ganhou este nome dos moradores, em comemoração à data que chegaram ao local. Inicialmente eram 500 pessoas, hoje o espaço abriga mais de 4 mil moradores. “Os moradores já estão invadindo o mato. Isso pode ficar pior”, alerta o delegado.